Na aurora do Século XXI, a grande vedete é a informação e a internet é o gigolô. Isso aconteceu depois da invenção do computador no século passado, que proporcionou caminhos mil à informação, fazendo com que esta se tornasse o pivô da Era da Globalização em que vivemos.
De carona na rede mundial de computadores e no avanço tecnológico e o conseqüente barateamento dos serviços gráficos, houve uma proliferação de revistas e jornais nas bancas. Hoje, ao chegarmos numa delas, geralmente ficamos perdidos e indecisos diante da grande variedade de impressos de um mesmo segmento.
Só que há um paradoxo nessa explosão da informação. É que, travestida do sinônimo de sabedoria, ela vem tomando sorrateiramente o lugar da peça-chave no desenvolvimento humano, que é o conhecimento. Este que, para ser incorporado, tem que ser o suficiente, ao contrário da informação, que nada mais é do que uma partícula do verdadeiro saber.
Assim, derivada do conhecimento, a aprendizagem provoca a realização da ação, o que não acontece com a informação. E como resultado, sabemos cada vez mais um pouco de tudo, mas, como conseqüência, não sabemos ao menos o necessário de algo. E tome dependência de terceiros para se resolver pequenos desafios que antes sequer assim poderiam ser chamados. Situamento diante das questões – sociais, principalmente? Impossível.
E o saldo não poderia ser outro: a cada dia agimos menos, perplexos e embasbacados diante de tanta informação que nos cerca e nos atordoa.
Enquanto isso, a gigante nau humana segue à deriva, com os navegantes afogados num mar de informação, mas sedentos da água doce do rio do conhecimento.
Obs: Imagem enviada pelo autor.
Texto retitado do livro do autor – Surtos & Sustos
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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