Num passado não muito longínquo, no decorrer de um dos seus incontáveis e memoráveis discursos, o papa do Direito, o ícone do saber brasileiro, o imortal Rui Barbosa afirmou: “A América não é dos americanos. A AMÉRICA É DA HUMANIDADE.”
          Esta afirmativa, além de apregoar a universalidade das nações, está em perfeita consonância com os divinos planos do CRIADOR, pois a Terra e todo o universo foram arquitetados, amorosa e poderosamente construídos para todos os homens, irmãos e filhos do mesmo PAI.
          Lembremos também de que a Pátria não está restrita a uma pessoa, a um grupo de pessoas, a uma seita ou a um sistema do governo. “A Pátria não é ninguém. Não TODOS”.
          Disse ainda o inigualável orador acima citado que a Pátria é o céu, o solo, o povo, a consciência, o lar, o berço dos filhos, o túmulo dos antepassados, a comunhão das leis, da língua, da LIBERDADE.
          Esta é, com certeza, entre todas as prerrogativas humanas, a que mais enobrece e define a cidadania.
          E numa feliz analogia, digamos com o grande poeta Castro Alves: “A praça é do povo, como o céu é do condor.”
          O homem é realmente detentor do direito de pensar e expressar livre e indefinidamente as suas idéias, os seus pensares a todos os concidadãos da grande Pátria TERRA.
          Do mesmo modo, àquele pássaro cabe voar, voar infinitamente nos mais altaneiros espaços.
          Entretanto, contrapondo-se a todas estas considerações, existe uma adversa e diferente pretensão.
          São os norte-americanos querendo usurpar os inalienáveis e sagrados direitos do homem, extorquindo-lhe a terra, as posses, a dignidade e até a própria vida.
          Ambicionam desregradamente o petróleo e, quem sabe, o curso d’água.
          Eles querem, contrariando os desígnios de Deus e o destino dos habitantes terrestres, tornar-se o dono, o proprietário número um do nosso Planeta. São apologistas da guerra, pregando hipocritamente a PAZ.
          Diante do terrível caos mundial de guerras, ambições e ódio, sentimo-nos, muitas vezes, desanimados e desesperançosos.
          Mas, algo de animador nos fortifica e anima, pois, parece que um novo mundo está a surgir, que os corações estão se comovendo e as almas se convertendo em busca da UNIDADE.
          Um exemplo dessa milagrosa realidade foi a receptividade despertada em várias potências européias ao projeto FOME ZERO, por ocasião do FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL, na Suíça.
          Esperamos que os nossos irmãos do NORTE adiram também a essa benfazeja conversão.
          Enfim, cultuemos e vivenciemos com entusiasmo, convicção e sobretudo AMOR, o grande e abençoado sentimento que une os HOMENS e salva o MUNDO:
          A FRATERNIDADE!…
(*) Autora do livro – Retalhos do Cotidiano.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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