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Entrei e me sufoquei
Recebi tanta coisa negativa
Que me desfaleceram os sentidos.
Como encontrar forças para não mergulhar na tristeza?
Como entender o que vi e resistir ao que vi?
Consumi minha dor,
Entre noites mal dormidas
E turbilhão de falácias.
Nenhuma porta me foi aberta.
E eu trancada em mim,
Não pude sair e
Receber a brisa
E respirar o ar que me alivie os pulmões
E remendar meu coração estraçalhado
Por farpas ingratas,
De mentiras e traições,
Mas paro, e vejo que, meu equilíbrio reside
No esteio moral de minha alma
Que não me deixa murchar, nem perder a fé,
E convicta dessa esperança,
Espero novo amanhecer.

Obs: A autora, Maria Lucia de Araújo Nogueira, é advogada.