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Amado, mesmo pisando em terra firme e cercada de árvore dos mais variados tons de verde, ainda prefiro a instabilidade de tuas ondas mornas, fazendo de mim um joguete do teu prazer. Os beija-flor que me arrodeiam são tão instáveis como as esvoaçantes gaivotas marinhas, que faziam voos rasantes sobre as nossas cabeças, naquelas doces manhãs de Outono. As misturas dos tons verdes separando as águas profundas das rasas e a leveza do toque macio das tuas mãos, fazia transbordar em mim
a taça da felicidade. Sim. O ser feliz contigo, sempre foi como as ondas rolando nas areias brancas da praia. Não havia a permanência e sim a instabilidade do momento. Tanto no sol como na chuva, calmo ou raivoso, eras um mar cheio de surpresas. Ousada, desde quando me abraçastes pela primeira vez, roubando-me da terra firme, nunca mais tive medo de ti. Ao contrário, quantas e quantas vezes aceitei o desafio e me joguei por inteiro nos redemoinhos que armavas para me desafiar. Mas o tempo passou e fui me acovardando. Hoje sou apenas uma fúria adormecida que se contenta em te amar à distância, sem ousar mergulhar no infinito dos teus mistérios. Assim, caminho pisando docemente sobre essa franja branca que beija os meus pés, como fazia antes o amado, no auge da paixão! Não te preocupes. Nessa jornada onírica de sonhos estás comigo. Hoje e sempre. Ina Melo. 08/021