15 de agosto de 2021
Estive sentado aqui durante muito tempo a tua espera. A todo momento olhava para o relógio. Cada minuto parecia uma eternidade… mas o tempo passava, e permanecia a pergunta sem resposta: Onde tu estás? Por que não chegas logo?
Olhei para as pedras sobre as quais repousavam os meus pés úmidos, banhados pela água do mar. elas estavam ali: sem perguntas, sem pressa, sem tempo, sem voz. Eram pleno acolhimento, abertura, desarmadas. Não percebi nenhum sentimento, nenhuma queixa, nenhuma espera. Estavam ali iluminadas pelo sol, banhadas pelo mar, plenamente abertas.
E no meio da minha distração percebi que aquele tempo não contava. Sai do tempo e eternizei aquele momento da espera, do encontro.
(Jaboatão 15.07.2003)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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