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Vez ou outra, nasce um texto curto de determinado pensamento ruminado há dias e até mesmo meses. Ultimamente tenho feito na limitação dos caracteres dos meus status. Hoje, escapando do cotidiano, lembrei de como surgiu esse hábito. E lembro que muito antigamente (quando os cabelos ainda eram totalmente pretos), nas idas ao cabeleireiro, sempre folheava as mesmas revistas que por lá intertiam a espera entre um corte e outro. Até então, era só folheagem. Certa vez, tomei por dica (iniciativa de leitura na biblioteca Ruy Barata) que para se fazer uma boa redação é preciso ler muito e parafrasear textos produzidos. Lembrei das revistas do carlinho. Então, após o corte perguntei se não teria revistas antigas que não quisesse mais. Me deu um volume e revistas velhas. Em casa, folheando as mesmas, me deparei com um texto formidável: uma crônica sobre a relação com os livros (não lembro exatamente). Até então, nem fazia ideia de que aquele autor era dos mais geniais. Um certo Millôr Fernandes. Ele tinha uma sessão na revista. Textos que admirei na época.
Outra lembrança, escrita e televisiva, foi um episódio de A vida como ela que passava (esse muito mais antigamente) no fantástico. O episódio Mártir em casa e na rua de Nelson Rodrigues acabei de encontrar e ler (pela primeira vez) graças a lembrança do enredo que ficou em minha cabeça vivo e presente. E assim, de lembranças de leituras, cheguei aos textos dos status. Que, embora escritos na ocasião, são gerados muito antes. E para finalizar as memórias, lembrei agora da sexagenária mestra de português do propedeutico. Depois de me apresentar Ulisses (este o do poeta homero mesmo) e outros escritores perguntou-me de surpresa: de que forma essas leituras tem melhorado a sua escrita? Diria a ela hoje: de certa forma, tem contribuido professora
(se há erros no texto, adivinhe o correto. Não revisei)
Obs: O autor é poeta e fotógrafo amador. Trabalha na UFOPA / campus de Óbidos.