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Levei Ulysses pra vacinar. E daí?
Li, dia desses, que qualquer coisa que o pai faça é como se fosse algo extraordinário, e que na verdade, nada mais é que sua obrigação.
Era a segunda vez que levava o pequeno pra vacinar. Sozinho entre tantas mães, os olhares eram de admiração, espanto, surpresa. Sentou-se a espera da vez. Pimpolho enfeitado no braço, bolsa de bebê no ombro. “Ulysses viana”. Passos compassados até a sala, pois sabia que lá, o choro seria inevitável.
Sentou-se, com orientação, segurando ele no colo. Seriam duas vacinas. Somente na segunda ensaiou um choro logo contido. Mas assim como as mães, sentiu a furada em si e toda a dor do filho. Mas ele, saiu sorridente da sala causando admiração em muitos.
Hoje levei meu filho pra vacinar. E daí…
Obs: O autor é poeta e fotógrafo amador. Trabalha na UFOPA / campus de Óbidos.