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Dedico estas simples palavras para aqueles que, apesar de uma longa vida, ainda tem a felicidade de dividir as saudades e as lembranças de um passado feliz. Sei que não é fácil, mas sei também, que nada fácil é bom, por isso viver a dois é uma arte que poucos sabem exercer. Os amantes deveriam poupar os arroubos do ardor da juventude, para quando o inverno da vida chegasse, ainda restasse um pouco de calor para aquecê-los. O tempo, indiferente aos sentimentos, corre célere em busca de novas aventuras, esquecendo as tempestades e calmarias que deixou para trás. O que resta aos apaixonados de ontem que resistiram às intempéries e calmarias dos momentos felizes? Apenas saudades e doces ou amargas lembranças. Ainda assim, se atravessaram áridos desertos e planícies verdejantes, façam deles, hoje, no apagar das luzes, um oásis de ternura e carinho. Pois só assim, poderão seguir juntos num companheirismo tranquilo, sem os altos e baixos que a vida oferece e que são difíceis de suportar. Aproveitem. Amém e se deixem amar! Só assim é possível ser feliz no entardecer da vida! Ina Melo. 06/021