No distanciamento, sigo. Um quê a mais me coloca em alerta constante. Um passarinho que voa próximo a minha janela, o sorriso e a inquietação do pequeno menino, o olhar suplicante da mulher que chega aos 85 e sente saudade do encontro para congregar, o vizinho, a vizinha, as mensagens, os cheiros bons e ruins – fumaça congestiona o meu ritmo – a lembrança de um dia de encontros, o latido do cachorro na madrugada…
O distanciamento se impõe e eu… Sigo, em alerta.
E no alerta, a voz, repetidas vezes. A voz insiste em me lembrar:
SONHAR, sonhar é preciso.
E, com todos os meus sentidos, um sexto ou sétimo, quem sabe, sinto, mais uma vez: sonhar pode ser o caminho.
Sim, sonhar pode ser o caminho para mim e, também, prá você. Hoje, distantes uns dos outros – de novo o sentir –
sentindo que o sonho nos aproxima. Então, acredito: Sonhar é preciso. Sonhar…sonhar, é preciso, reinventando motivos de vida e atualizando os sonhos para continuar fazendo o caminho, VIVENDO.
Obs: Imagem da autora.