Marcante 1 de junho de 2021

Fiquei por quase 2 dias a conviver com a libélula.
Chegou a pousar no meu bordado, junto a mim.
Chamo isto confiança, ela sabia que eu não iria machucar.
Hoje ao entrar na cozinha, estava presa na tela, não quis assusta-la.
Retirei com muito jeito a pobre da prisão, soltei no quintal, e bem veloz ela girou e foi pousar no varal. Ficou ali muito tempo.
Lembrei-me do meu tempo de menina, que amarrava na linha uma bola de algodão e sem seguida dava um nó na cauda da pobrezinha.
Ela voava veloz, girando pra todo lado e a meninada aplaudia, achando isso engraçado.
Papai chegou e falou: Isso não faça não, imagine um pegador de roupa, apertando seu nariz, para toda sua vida, afirmo com garantia, você não gostaria.
Concordamos, foi verdade, mas ainda a olhar, vimos a pobre libélula na mangueira se engalhar. Alí ficou para sempre… foi bem curta a sua vida…
Poderia estar bem livre e voar bem prazerosa.
Perdoa libélula amiga, nunca mais vou te encontrar.
Mas fique certa querida, o maltrato vai parar. 17/06/2020

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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