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Eis uma questão bastante atual sobre o presente e futuro da Amazônia. A pandemia de covid19 expõe que o corona vírus veio por meio de um animal agredido em seu habitat. Continuando a destruição doa Amazônia, uma próxima pandemia poderá surgir daqui.

Daí a preocupação dos povos indígenas e dos bispos da Rede Pan amazônica.  Ontem apareceu a seguinte notícia: “A pedido do presidente Joe Biden, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, se reuniu na segunda-feira com integrantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). A reunião aconteceu, depois que a entidade solicitou, no mês passado, abertura de um “canal direto” de comunicação com os EUA sobre assuntos ligados à Amazônia brasileira. A conversa acontece às vésperas da cúpula sobre o clima, organizada pelo governo norte-americano, que será realizada de modo virtual na próxima semana”.

Duas organizações tem preocupações específicas com esta chamado cúpula sobre o clima. Isto porque, embora o presidente Biden seja democrata, no entanto, seu governo obedece aos interesses do sistema político econômico do Estado. A ambição geopolítica norte americana, olha a Amazônia a partir do seu interesse.

Por isso, os povos indígenas organizados na APIB, querem alertar o presidente Biden sobre o compromisso com a defesa das terras indígenas, hoje ameaçadas de invasão pelo agronegócio, mineradoras e o presidente Bolsonaro.

Já os bispos ligados à Amazônia, manifestam também sua preocupação com a cúpula do clima. “O presidente da REPAM-Brasil, dom Erwin Kräutler, e o presidente da Comissão para a Amazônia da CNBB, dom Claudio Hummes, manifestam preocupação pela falta de envolvimento dos povos amazônicos na tal cúpula do clima. Dizem os dois: “O atual governo dos EUA está se reunindo, sem transparência nem participação alguma dos povos da Amazônia, com o governo federal do Brasil, com a possibilidade de traçar acordos em proteção desse bioma. As principais lideranças dos povos indígenas, quilombolas, seringueiros e camponeses estão muito preocupadas na perspectiva de acordos e financiamentos internacionais a um governo abertamente anti-ambiental, anti-indígena, antidemocrático, negacionista da ciência, cuja gestão da pandemia está levando cada dia mais pessoas à morte e à pobreza.”. Afirma  o presidente da REPAM.

Assim, com as manifestações tanto dos povos indígenas como dos bispos da Amazônia, o governo norte americano terá que definir se vai defender o ecossistema da Amazônia, para o equilíbrio do planeta, ou para atender interesses próprios e do presidente Bolsonaro. (Notícia para Red PAM 14.04.2021)

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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