Quando Bolsonaro diz, cinicamente, que nunca viu a radiografia da tortura em Dilma Roussef, eu também pergunto: Por que nunca ninguém viu a marca do sangue de Bolsonaro, nem na faca, nem na camisa, e nem sequer a cicatriz da pseudo facada que ele teria levado na campanha para se eleger presidente?

O caso foi uma tremenda patifaria engendrada para torná-lo vítima de um atentado forjado para explorar a ingenuidade dos desavisados e de inconsequentes e, com isso, se eleger, como de fato, através de canhões midiáticos de fake news e dos apoios da bancada da bala, do boi e da “bíblia” dos anticristos, ele adquiriu os votos de imbecis e de ignorantes úteis, além dos votos das elites predadoras, que o elegeram para desgovernar o país, após o golpe perpetrado contra Dilma.

Daí, o que se vê agora é um país destroçado, desonrado, aviltado e transformado num grande cemitério para sepultamento de 200.000 mil mortos, só neste ano, por genocídio, através de uma pandemia de Covid 19, negada, subestimada e deliberadamente estimulada, irresponsavelmente, por aquele que se tornou presidente do Brasil.

Assim, o ano de 2020 de dolorosa memória, foi o tempo de mais mortes, sofrimento, miséria e perdas humanas e também perdas de direitos para o povo brasileiro. Este é o retrato de nosso desgraçado e arrasado país.

Por tudo isso, não podemos nem devemos ignorar tal catástrofe, e os que votaram em Bolsonaro, deveriam fazer uma profunda “mea culpa” por terem inadvertidamente ou por vontade própria, colaborado para o caos, e assim, terem se tornado, também, corresponsáveis pela calamidade em que se encontra o Brasil.

Deus nos socorra em 2021 e nos livre em 2022 de uma perigosa, indesejável, irracional e abominável reeleição, que fatalmente cavará outro abismo, ainda mais profundo, para o qual todos seremos irremediavelmente tragados.

Portanto, diante de tanta desolação, em que são chorados os milhares de mortos, nossos amigos, familiares, parentes e conhecidos, resta-nos fazer como Raquel, em que no episódio bíblico da morte de todos os meninos recém nascidos e crianças, a mando do rei Herodes, ela recusou e não quis ser consolada. Também nós, tal qual Raquel, recusemos e não aceitemos um simples consolo, mas ergamos forças para tomar consciência de que só de nós mesmos vai depender o nosso futuro como povo e como nação a partir de 2022. Tomemos, portanto, a rédea de nosso destino e do nosso país e não permitamos que os abutres e as aves de rapina tomem o poder e voltem a desgovernar o Brasil.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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