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Bom dia ouvinte, como está sua preparação pessoal e comunitária para o aniversário de Jesus daqui a 13 dias? Pois é, se o aniversariante é tão importante para nós, precisamos preparar um digno presente do agrado dele. O que você vai oferecer no dia 25? Estou cuidando também, afinal ele merece, certo?

Olhando a semana que passou lhe apresento um assunto que ocorreu e tem muito a ver com nossas vidas. Uma amiga enfermeira outro dia nos deu um forte alerta. Dizia ela: “Não podemos facilitar, pois o coronavirus está muito ativo e os infectados estão aumentando na cidade. O hospital está enchendo de doentes do vírus. Daqui a pouco vai faltar camas de UTI. Temos que usar máscara, estando na rua ou em reuniões. A gente sente o incômodo da máscara, mas pior sem ela” dizia a amiga; fui conferir os dados da prefeitura sobre a pandemia. Escute só o resultado: Dia 02 de 12 havia oficialmente chegado a 11 mil 728 casos confirmados até aquele dia; e 442 mortos por covid19, com 21 internados. A próxima estatística foi de 6 dias depois, 08.12 com mais 3 mortos e 23 internados; no dia seguinte 09.12 talvez porque foi depois do feriado, não constava nenhum óbito, apenas 23 internados. Já no dia 10.12, não aparece nenhum óbitos, mas havia 5 suspeitos em análise. Já na sexta feira 11 o resultado foi o seguinte:  mais 2 óbitos, 26 positivos internados e 91 em análise. Isso confirma o alerta de nossa amiga.

Ao mesmo tempo, a assistência hospitalar em Santarém só piorou. Não tem sentido o governo ter gasto um bom dinheiro para instalar um hospital de campanha, incluindo até um helicóptero auxiliar e em pouco tempo foi fechado. Por quê? Se houve algum problema administrativo não justificou desmanchar todos os equipamentos e pessoal técnico. Como é que nós sociedade ameaçada pelo covid19 aceitamos tal desperdício de dinheiro, quando a pandemia continua ativa? Sei de um amigo que caiu doente com o vírus foi enviado para Itaituba a fim de ser tratado. Se fpo pra Itaituba foi porque aqui não tinha leito.

Recebi um depoimento de uma técnica de saúde contando o seguinte: “A unidade de pronto atendimento UPA, está cheia de idosos com doenças graves na sala vermelha. A maioria necessita de UTI, porém os leitos estão ocupados”. Outra pessoa profissional de saúde explica que o Hospital regional não tem como atender de urgência quem precisa de uma cirurgia, pois há 250 pacientes na fila a espera de cirurgia”.

Com mais essas informações se conclui que, caso um paciente com coroanvirus precisar de UTI com urgência, não terá como ser atendido.

Daí, ouvinte, temos duas opções, ficar calados e pagarmos caro, quando alguém próximo de nós, precisar urgente de UTI e morrer, ou vamos unir forças e pressionar tanto o prefeito, como o governador. Pois eles há poucos dias, andavam de braços dados prometendo que iriam mudar Santarém. Pois a prioridade mais urgente inclui a saúde em dois focos: logo, reativar o hospital de campanha com bons serviços materiais e humanos.

O outro foco urgente é exigirmos do prefeito ir correndo acertar com o governador a compra de vacinas que estarão disponíveis já em janeiro lá pelo sul. Com Bolsonaro ou sem ele. Quem assume um cargo público não pode ver seu povo atacado pela pandemia e ficar esperando a vontade dos outros. Se o prefeito quis ser reeleito, não podemos fazer como no primeiro mandato, que governou como quis e atendeu a quem ele quis. Sem pressão popular organizada a lenga lenga vai continuar e os mortos aumentarão. Quem gosta de nós somos nós, certo? 13.12.2020

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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