Ronaldo Coelho Teixeira 15 de agosto de 2020

[email protected]
http://ronaldo.teixeira.zip.net/
http://lounge.obviousmag.org/espantalho_lirico/

Cadê um Brasil verdadeiro, o Real, como cantaram Machado e Suassuna?

Cadê as cidades bonitas, arborizadas, humanas e acolhedoras?

Cadê os asfaltos de qualidade, a água tratada, esgotos, saneamento urbano com preços dignos?

Cadê a energia elétrica de qualidade e custo real?

Cadê as praças humanizadas, lindas, prenhes de pessoas das várias faixas etárias nas cidades?

Cadê os impostos praticáveis, seja do imóvel,  do carro, dos produtos de alimentação e de consumo diário?

Cadê as taxas de juros justas e humanas dos bancos e lojas sobre os mais despossuídos, ainda mais nessa pandemia, quando esses tipos de empreendimento arrancam até o couro do brasileiro?

Cadê políticos verdadeiros que armam suas canetas para defender, apoiar e oportunizar vida digna aos cidadãos?

Cadê os salários justos dos funcionários públicos nas três esferas do poder – Legislativo, Executivo e Judiciário – sem contracheques milionários e benefícios indecorosos, nas três instâncias: União, Estado e Município?

Cadê a escola que realmente prepara o novo e ético cidadão, livre de decorebas, de cartilhas forjadas nos porões do poder e com profissionais verdadeiros e idealistas?

Cadê o futuro brilhante dos nossos jovens, tantos, milhares, milhões perdidos nessa anticidadania ceifadora de destinos e possibilidades?

Cadê tantas coisas e arranjos que nos faltam para que sejamos realmente nomeados de gente, ser humano?

CADÊ deveria virar sigla maior nesse país de tantas e carimbos embolorados e gabinetes modorrentos de tramas e ardis.

CADÊ deveria ser o nosso deus de cada dia…

Obs: O autor é Jornalista e Gestor Cultural.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


busca
autores

Autores

biblioteca

Biblioteca

Entrelaços do Coração é uma revista online e sem fins lucrativos compartilhada por diversos autores. Neste espaço, você encontra várias vertentes da literatura: atualidades, crônicas, reportagens, contos, poesias, fotografias, entre outros. Não há linha específica a ser seguida, pois acreditamos que a unidade do SER é buscada na multiplicidade de ideias, sonhos, projetos. Cada autor assume inteira responsabilidade sobre o conteúdo, não representando necessariamente a linha editorial dos demais.
Poemas Silenciosos

Flickr do (Entre)laços
[slickr-flickr type=slideshow]