elza fraga 15 de junho de 2020

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Ao chegar pise leve como brisa de primavera,
não queime como sol de verão,
nem gele como noites de inverno,
pra não machucar meu coração
que já anda aos tropeços pelo inferno.

Seja manso, fale como quem canta,
ou cante uma canção antiga que eu ainda não conheço.
Que a voz seja como um acalanto pra espantar segredo.

E se permanecer se transforme em sombra,
e ande nas pegadas dos meus passos.
Não me abandone ao relento,
não fuja,
não me dê espaço pra voar
longe da segurança dos seus dedos.

E me embale como se criança fosse,
e me tire de vez os pesadelos.
Que nunca mais o medo do escuro
venha povoar as madrugadas.

E se partir não me diga nada,
nem adeus na hora da saída,
saia como quem pega a estrada sorrateiro.
Vire memória.
Vire lenda.
Vire saudade.
Vire o sonho que sonhei inteiro.

E leve com você apenas minha imagem

tatuada na alma.

Ziza Rochedo
Tentando poetar pra chamar o sono, mas ele não atende mais.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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