20 de setembro de 2011
Este domingo, 18 de setembro, marca o início de um evento muito importante para a juventude brasileira. Começa a preparação do próximo encontro mundial da juventude com o Papa, a se realizar no Rio de Janeiro, em 2013.
Olhando a agenda dos próximos anos, percebemos que são diversos os “encontros marcados” que nos aguardam pela frente. De imediato temos para o ano que vem a “Rio + 20”, retomando a temática da “Eco 92”, vinte anos depois.
Depois será a vez do encontro mundial da juventude, precedendo a copa do mundo que o Brasil hospedará em 2014, e culminando com as Olimpíadas de 2016.
Salta aos olhos a carga de eventos marcados para o Rio. A “cidade maravilhosa” recupera sua majestade de capital brasileira, dotada de prestígio próprio, que não ficou em nada ofuscado com a transferência da capital política para Brasília.
Mas, deixemos que o Rio valorize estas oportunidades que a história lhe proporciona com larga generosidade. E fixemos nossa atenção no evento da juventude. Pois este parece fazer a diferença entre todos eles.
Na verdade, o evento vai começar com o grande encontro previsto para este domingo em São Paulo, no Campo de Marte. Lá estarão milhares de jovens para acolher a cruz simbólica que chega de Madri, local do último encontro realizado no mês passado. Acolhida hoje, a cruz percorrerá todas as dioceses do Brasil, despertando a juventude, e convocando-a a assumir seu protagonismo na sociedade e na Igreja.
Esta “Jornada Mundial da Juventude”, parece chegar no momento certo, para despertar a juventude brasileira, e desafiá-la a demonstrar o grande potencial que ela carrega, que talvez tenha ficado hibernando por tempo demasiado longo, por falta de oportunidade de se expressar.
Será um evento que não dependerá de grandes obras materiais, como os outros. Será constituído, ao contrário, da manifestação de valores humanos, éticos, culturais, religiosos, ligados espontaneamente à juventude, e que só necessitam de oportunidade e de estímulo para se firmarem e expressarem adequadamente.
Há mais tempo a juventude vem preocupando. No âmbito da família, os pais não conseguem dar conta dos problemas levantados pelos jovens. Na escola, os professores se vêm em apuros diante das demandas dos alunos. Na sociedade, muita gente se pergunta onde irá parar a rebeldia dos jovens. A própria Igreja fica perplexa diante dos questionamentos que a juventude lhe faz.
Pensando bem, nada disto é de estranhar. Pois num tempo caracterizado por profundas mudanças, a ponto de vivermos hoje não só uma época de mudanças, mas uma “mudança de época”, não é de estranhar que os jovens sejam os mais vulneráveis e os mais sujeitos às conseqüências negativas da realidade de hoje. Eles já não se sentem abrigados na família, e ainda não conquistaram seu espaço na sociedade. Sofrem direto as intempéries dos vendavais éticos de nossa época.
Agora, se apresenta para a juventude brasileira uma oportunidade excepcional. As “Jornadas Mundiais da Juventude” já cunharam sua marca, que está surpreendendo os sociólogos. Algo novo está começando na juventude. Todos vão querer conferir qual será a marca do encontro do Rio de Janeiro. E os jovens do Brasil já avisaram que querem demonstrar que o Rio não é o lugar do carnaval e do futebol. E´ também a terra que acolhe uma juventude vibrante, que quer superar seus problemas, e pretende afirmar sua identidade, abrindo espaço para a sua presença renovadora, tanto na sociedade como na Igreja.
Em São Paulo, com a chegada da “cruz dos jovens”, começa um tempo novo para a juventude brasileira. Vale a pena apostar nesta esperança. Vale a pena acreditar nos jovens. Vamos abrir caminho, que os jovens estão se colocando em marcha, rumo à Jornada Mundial da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro!
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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