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Uma mãe tenta negociar a liberdade do filho e se envolve com Ruiva, advogada do Comando que está desesperada. Ambas precisam de dinheiro, muito dinheiro. Uma pasta de dinheiro do Comando acaba nas mãos da mãe, o que complica a situação de Ruiva. “Salve Geral”, de Sergio Rezende, nos oferece um encontro com as disputas de poder e sobrevivência em torno do atual sistema carcerário.
Jesus se encontra no deserto em um momento solitário de decisão. Esta possui relação com o exercício de poder. Todas as ofertas oferecidas a Jesus são tentações. A tentação está ligada ao desejo. Se não possuo desejo não existe tentação. Mas, a qual desejo estão ligadas as ofertas oferecidas a Jesus? Ao desejo de exercício de poder a serviço do ego. Jesus é tentado a ser um grande rei, dono de reinos e bens materiais. Jesus precisa decidir a quem servirá seu exercício de poder. O importante aqui é compreender que o poder é produtor de individualidade. O indivíduo é uma produção do poder e do saber. Nós somos produzidos pelos poderes que são exercidos sobre nós através de nossos pais, escola, religião, economia. Com o tempo, passamos a exercer poder e, graças a este exercício, nós também nos construímos. Porém, a grande questão é: a quem serve este poder? Jesus, em sua vida, exerceu poder e nós exercemos poder também em nossas vidas. Mas para analisarmos bem quem somos é necessário desmistificar os estereótipos construídos sobre o poder. Nós pensamos que o poder é exercido somente pelo dominante. Nem sempre é assim, pois existe também o poder exercido pelos “dominados”. Um exemplo simples é a criança que aprende que com mimos ou com o choro pode controlar seus pais e adquirir deles o que deseja. A partir daí, a criança pode se tornar o “reizinho” da casa. Existe também o poder exercido pelo submisso, aquele que sorri e concorda com seus colegas de trabalho, com seu chefe, com o padre, simplesmente para receber deles sua admiração. Através de sua submissão ele alcança seus objetivos. Outra questão em relação ao poder é a impressão que temos de que o poder é exercido pela violência e que este tipo de poder é ruim. Nós não podemos nos esquecer que Jesus também agiu com violência no Templo de Jerusalém e isso não foi exatamente ruim. Também não podemos esquecer que muitas pessoas carinhosas e aparentemente pacíficas exercem um poder que não é tão bom para todos. Um exemplo é o político populista que cumprimenta e ouve a todos, mas possui uma prática interesseira. A questão não é como o poder é exercido, mas o que o poder está construindo, que tipo de ser humano ele constrói.