15 de fevereiro de 2020
não me deixo estar
não tenho tempo para amanhãs
meu dia é hoje
onde aprendo a chover orvalhos
escorrego pelas folhas
e me aquieto na raiz
não me deixo insone
não há tempo para me deitar
manchetes acordam meus medos
mísseis me despertam
as incertezas que escorrerm
na conjugação do verbo amar
não me deixo parar
a faca no pulso lambe de vermelho
meus risos agudos
não me esqueço que sou navegante
de um mar de desacertos
onde âncora é sonho mau
não me deixo desesperar
viver é ralar os joelhos
na construção de novas pontes.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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