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Sinto a mão do Tempo
apertar-me os dedos,
arrastando-me com pressa:
– Vamos, vamos. É pra frente que importa.
Sinto a mesma pressão
puxando-me para trás:
– Tudo isso é seu. Não deixe nada.
Passado, futuro: o Tempo.
Dele me desprendo. A mão livre,
dedos relaxados. Seguro o presente.
Por entre os dedos – como dizem –
escorre o tempo. Pulsa na palma da mão
algo mais sólido, mais real
(seio, maçã, pedra):
a vida.
Obs: O autor é escritor e editor. Também é sócio-proprietário da Editora Penalux.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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