Meu pensamento questionador, não decifra o horizonte.
Na porta entreaberta do meu eu, há algo inacabado.
As estrelas que não vi no firmamento hoje, com certeza as verei amanhã.
O sol só me queimou, porque eu a ele me expus.
O vento não pediu permissão para mexer nos meus cabelos.
Concluo, então que:
A porta deliberadamente entreaberta era para que você por ela passasse e viesse ao meu regaço.
As estrelas que não vi, farão com que amanhã eu tenha o cuidado de logo que a noite chegue, saia e olhe o alto, numa procura aberta de que as verei brilhantes e firmes, como você é para mim.
O sol me queimou, para que eu me recordasse do calor que você deixa em meu corpo, sequioso de afagos.
O vento quando me veio, trouxe a lembrança de suas mãos a acariciarem minha pele, sedenta de traquinagem, por toda a minha vida.
Enquanto que pensamentos ilusórios de comprometimento inexistem, a mente é preenchida por pensamento só em você, que verbaliza não existir malandragem.