[email protected]
rastrosliterarios.blogspot.com
As mãos franzinas de minha mãe
foram a bússola em meus caminhos
mostrando os riscos das armadilhas
com seus paióis de pedras e espinhos.
Ágeis no ofício do par de agulhas,
diuturnamente, em santo labor,
vestiu-me a infância contra os invernos
com entrelaces de fios do amor.
Aquelas mãos de medidas certas
me ofereceram flor e flagelo:
se algumas vezes foram afáveis,
noutras bradaram pelo chinelo.
Outrora, quando a miséria esteve
rondando a mesa em nossa morada,
as suas mãos, condões de ternura,
multiplicaram o quase nada.
Hoje, perdido na multidão,
não sei quais são os caminhos tortos,
posto que as mãos de mamãe repousam
sobre o seu peito, em mansão dos mortos.
Com alegria, participo-lhes que o poema abaixo recebeu menção honrosa no VI Concurso Literário Icoense (CLIC) Poeta José de Oliveira Neto 2018.
Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.
Imagem enviada pelo autor