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O meu encontro com os deuses aconteceu pela primeira vez quando li o Tesouro da Juventude, uma deliciosa aventura que me iniciou nos caminhos da literatura. Seguindo os passos de Júlio Verne, mergulhei num mundo de magia e sedução. Mas, foi quando descobri os clássicos gregos, através de Homero, que comecei a me relacionar com eles.
A partir de então, o meu coração aventureiro não parou de acreditar nas divindades do Olimpo. Passei de menina a mulher numa metamorfose de Ceres para Vênus, deusa do amor. Viajei e pude constatar “in-loco” que os sonhos se realizam.
Tempos depois, de passagem pela Grécia eu, mulher pequena e frágil, conheci pequena e frágil mulher, conheci a força dos poderosos deuses ao enfrentar uma tempestade no Olimpo. Ao longe o mar Egeu encoberto por pesadas nuvens de chuva, sob um céu cor de chumbo cortado pela luminosidade de raios e trovões. Que magnífico espetáculo!
Visitei Delphos, onde nos topo da colina, o templo de Diana foi erguido, fazendo-me crer na força mágica dos deuses, ao transportar de tão longe os enormes blocos de mármore. Percorri outros tantos sítios históricos; Pelaponeso, Creta, seguindo as trilhas de Apolo, Zeus e Eros, navegando no poderoso mar azul-marinho, embalada pelas mãos de Netuno. Fui sílfide e Nereida, mística a ponto de me volatilizar na poeira das ondas brancas e luminosas, deixando aquele mágico e encantado país, quase uma divindade.
Numa viagem ao México, subi as pirâmides misteriosas, com deuses de pedras e, num espetáculo de luz e som me transportei a um mundo encantado. Saí embalada por fortes e belos guerreiros que me levaram a navegar nas águas mansas do lago de Chapultepech.
Eis que retorno ao mundo real, com deuses de barro, às vezes cruéis, sem poesia, sem romantismo. Deuses de carne e osso que encantam, iludem, destroem, mentem, ao mesmo tempo em que beijam, abraçam, afagam a pele e machucam a alma, deuses de forma humana e coração de pedra, chamados de homens. Praia de Boa Viagem/ 2007.
Obs: Imagem enviada pela autora.