
Após muita insistência, resolvi relatar um fato que envolveu um homem e um pássaro…Mas não é um pássaro qualquer, esse é daqueles com olhos esbugalhados e não tem coragem de ao menos juntar uns gravetos para fazer o ninho….
Era manhã de sábado e fugindo do habitual, decidi começar a saborear uma Brahma bem gelada a partir das 10 horas, fato este que se estendeu até às 14 horas. Nesse intervalo de tempo, é claro que muita coisa aconteceu.
Depois que alguns amigos saíram para o sagrado almoço eu continuei firme no propósito de continuar um bom bate-papo com essa tal ave agourenta que mencionei logo no início.
Tratamos então de lembrar nossas trajetórias futebolísticas no Atlético Clube de Boa Esperança. Nesse contexto de glórias e tristezas vem então a nostalgia sem pedir licença e nos enche de saudosismo e passa a fazer parte daquele momento ímpar de mesa de bar. As lágrimas vieram e, com elas, veio junto a solidariedade típica de quem quer que alguém o ouça e seja um ombro amigo….
Não tenho arrependimentos das lágrimas, meu pecado foi abraçar o “Bacurau” naquele momento de pura fragilidade sentimental proporcionada pelas inúmeras lembranças daquilo que tive o prazer de viver como torcedor deste glorioso time.
OBS: O “Bacurau” é ex goleiro do Atlético e acusado até hoje, junto comigo, de termos contribuído efetivamente para a derrocada deste time…..Ele também chorou, e acredito que foi quase o triplo de lágrimas que eu derramei…
Obs: O autor é Professor da Rede Pública Municipal de Santarém.
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA. Técnico em Educação na Rede Estadual. Especialista em Ciências Sociais para o Ensino Médio e autor do livro – Brinquedo: Contos e Poesias.