16 de outubro de 2011
Costuro tua boca
E não deixo passar palavras vãs
Insisto na clarividência de
Te prender, possuindo alma
Encarcerando corpo
Amarro tuas mãos sangradas
Em uma viga de mármore
Retiro cada um dos teus cabelos
Lento, calmo, frio
Me lanço contra teu corpo rijo
Em facas corto tua carne
Dilacero
Restam poucos espaços
Onde me misturo
Ossos, carnes, sangue
E agora somos corpo uno.
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* Texto extraído de Grãos, 2007, Editora Calibán.
** Jean-Paul Riopelle, Sans titre (Composition #2) 1951 Courtesy of Heffel Fine Art Auction House. Fonte: http://www.canadianart.ca/
Obs: Imagem enviada pela autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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