Maurício Cavalheiro 1 de julho de 2018

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Os sinos contam miudezas
aos arrebóis
onde um ou outro cão ensaia gritos
que não eclodem.
Do último sequestro
ainda há resquícios
escondidos nos porões do medo.

No subsolo, a semente adia
a cavoucagem
sabendo que o destino da viagem
não merece florações.

São muitas as rasuras,
são muitos os remendos com fios podres
multiplicando anômalos.
O chicote lambe o dorso
na domesticação dos caninos cegos.

Nenhum deles é capaz de rupturas;
nenhum deles tem o raciocínio mínimo
para se desminimizar.

Depois da greve,
o grave: campo de ruínas
abastecido de misérias
apaziguando matilhas.

Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.

Imagem enviada pelo autor.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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