A violência e as agressões grassaram impiedosamente o mundo inteiro, sem poupar ambiente, lugar, tempo, circunstâncias e pessoas, e ainda sem expectativas do seu desaparecimento.
Os meios de comunicação informam constantemente os mais condenáveis casos de crueldade, arquitetados com o maior requinte de perversidade.
Li, ultimamente atentados à figura impoluta do mestre: Professora teve dentes quebrados. Outra, foi queimada com isqueiro. Outra, teve o dedo decepado. A diretora teve carro incendiado na garagem. Outra, foi chamada à delegacia de polícia sob queixa de uma mãe de aluno. Se fossemos continuar a enunciar casos idênticos, não acabaríamos.
E todos esses desvarios são planejados e executados pelos alunos e respectivos pais, ocasionando esses, um péssimo exemplo para os filhos, comprometendo mais ainda o senso de autoridade, já tão desrespeitado e quase desaparecido.
Nos Estados Unidos uma universidade foi incendiada deixando várias vítimas. Aqui entre nós também, escolas e colégios já sofreram dessas mesmas atrocidades.
Antigamente, a Escola era respeitada, amada e venerada, como se fosse um ícone de santidade, a exemplo do mais sagrado Templo.
Da pessoa do mestre emanavam para os discípulos os nobres sentimentos de confiança, respeito e admiração, vendo nele aquela figura de sabedoria e humildade, exigência e candura, exercendo o seu magistério com um “rigor doce”, conforme o magistral educador Dom Bosco.
O autêntico professor é aquele que não somente transmite ao aluno aquilo que ele pode repetir de memória, mas tudo que aprende a amar, admirar, combater a violência, enfim a formar o seu caráter.
O mestre é realmente o buraco da agulha por onde passa aquela linha do alicerce da escola, da família e da sociedade.
Lamentavelmente, vivemos uma realidade tão diferente!… Pois, essas três entidades estão bastante desacreditadas!…
Tememos tudo e todos. Basta um desconhecido aparecer diante de nós e, ficamos dominados pelo pânico. Pensamos: é assalto!… É violência!… Só Deus com seu poder e sobretudo, misericórdia, pode nos salvar.
O mestre deve conscientizar-se de que a ele não é somente atribuído honra, mas sobretudo, responsabilidades, revestindo-se de muita paciência, compreensão e principalmente, amor no desempenho de sua sublime e digna missão.
E quanto ao resultado do seu trabalho, não deve se preocupar com o rendimento. Toda semente boa dá bons frutos.
Portanto, põe a semente da sua dedicada atuação de ensino na terra da pessoa do aluno e não será inútil. “Não se preocupe com a colheita, plantas para o IRMÃO”.
Muitas vezes, em qualquer posição que o corpo se encontre, a alma está de joelho. É assim, o professor de pé na sala de aula escrevendo no quadro ou proferindo ensinamentos, sua alma está genuflexa na mais piedosa atitude de súplica por seus educandos, com certeza.
A Educação é um ato de amor, portanto, de coragem e atualmente, quase ausente entre os povos.
Esperemos confiantes no Altíssimo que a Educação seja uma poderosa alavanca que levante a humanidade contra violência!…
Repudiemos a VIOLÊNCIA!… EXALTEMOS A EDUCAÇÃO!…
(*) Autora de Retalhos do Coração.