11 de agosto de 2009
Tu és pai de muitos filhos.
Pai de muitas bocas que gritam: comida! comida!
Pai de tantos desatinos sem ressentimentos.
Tu és pai de nenhum filho
deixados na aventura sexual dos becos escuros,
selados nas orgias da juventude.
Pai de muitas revoltas irreversíveis no tempo.
Pai de vontades de extermínio e vergonha.
Tu és pai de paternidade desconhecida.
Sombra, espectro de descaminhos.
Condenas inocentes a tragarem o teu amargo cálice.
Senhor da entrega irresponsável,
pai de inconsoláveis “aís”,
suportados dia após dia
nos corpos por ti entronizados no seio da Mãe Vida.
Tu és pai de muitos órfãos jamais amados.
Pai de muitas bocas que gritam: comida! comida!
Pai de tantos desatinos sem ressentimentos.
Tu és pai de nenhum filho
deixados na aventura sexual dos becos escuros,
selados nas orgias da juventude.
Pai de muitas revoltas irreversíveis no tempo.
Pai de vontades de extermínio e vergonha.
Tu és pai de paternidade desconhecida.
Sombra, espectro de descaminhos.
Condenas inocentes a tragarem o teu amargo cálice.
Senhor da entrega irresponsável,
pai de inconsoláveis “aís”,
suportados dia após dia
nos corpos por ti entronizados no seio da Mãe Vida.
Tu és pai de muitos órfãos jamais amados.
( 05.08.2009 – 20:54h – Caxias/MA)
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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