15 de março de 2018
Quando eu não tenho o que escrever
Escrevo com o que não tenho.
Mantenho-me mórbido para não sorrir.
Circunspecto para não fugir
Dessa vida que tanto desdenho.
Não me culpo pela desdita.
Apenas a utilizo como cor de um amor,
Sim! Engano a dor com palavra suada,
Transpirada em papel e tinta.
Pareço incógnita, porém me resolvo
Sempre inadequadamente com o verso.
Torno-me o estorvo na forma escrita,
Sou ácido com a norma e básico com a rima
De qualquer forma corrosivo, um estigma.
Obs: Publicado no site: O Melhor da Web em 10/05/2011
Código do Texto: 76421
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Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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