Quarenta anos atrás, seria impossível abordar o tema acima indicado da forma em que está sendo formulado no título desta conferência. Até a década de 1960, ninguém duvidava da relevância do cristianismo para o mundo. A pergunta nem podia ser formulada. Todos os cristãos estavam convencidos que o cristianismo era relevante para o mundo. O fato de se abordar hoje o tema, da forma em que vai expresso acima, mostra que estamos vivendo tempos novos. Entre 1960 e os dias de hoje, algo muito importante aconteceu, sem fazer muito alarde. Pois no momento em que questionamos a relevância do cristianismo no mundo de hoje, mostramos que percebemos o cristianismo de forma diferente das gerações anteriores. Ora, quem pensa de forma diferente está vivendo um processo revolucionário. Os paradigmas fundamentais que guiam a compreensão das coisas estão mudando. Temos de ver o que isso significa para nós, com a possível precisão.

Para tanto, proponho a comparação com uma revolução que nos precedeu de três ou quatro séculos. Efetivamente, a ‘revolução da modernidade’, que culminou na Revolução Francesa do final do século XVIII, tem importantes pontos em comum com a revolução que está em estado de incubação e (em certos casos) fermentação nos nossos dias. O que ocorre entre nós está na continuidade com o que ocorreu nos séculos XVII e XVIII. A eclosão de violência (guerra, perseguição, mortes), ocorrida na França a partir de 1789 (e que chamamos ‘revolução francesa’) nada mais era que a culminância de uma revolução que já fermentava nas cabeças e nos corações durante mais ou menos dois séculos, em diversos países da Europa. O grito a favor da liberdade, fraternidade e igualdade, que enchia as ruas de Paris em 1789, já existia na forma de sussurros, aspirações, sonhos, visões e reflexões muito tempo antes, de muitas formas. Apresento só um caso que me parece significativo (o caso Spinoza), pois toca de perto o tema que nos reúne aqui hoje: a relevância do cristianismo. Isso é meu primeiro ponto. Depois, num segundo ponto, tento qualificar a revolução que estamos vivenciando. Termino como um terceiro ponto, no qual procuro responder à pergunta: ‘O que fazer hoje?’.

  1. Spinoza e o despertar do espírito crítico depois do sonho medieval
  2. A onda que se iniciou nos anos 1970
  3. Para um cristianismo dialogal.

1. É possível indicar com precisão uma das marcas iniciais da modernidade revolucionária. Num quarto simples da cidade de Haia, na Holanda, em 1670, Spinoza, um judeu holandês escreve um livro já imbuído do ’spirit’ da revolução moderna. Spinoza contesta pela primeira vez a autoria dos primeiros cinco livros da bíblia (Pentateuco) por Moisés, supostamente inspirados por Deus. Para Spinoza, o Pentateuco é uma coletânea de narrativas populares antigas e prescrições sacerdotais reunidas por Esdras e outros intelectuais após o retorno das elites judaicas do exílio babilônico no século V aC, portanto sete séculos após a morte de Moisés. As palavras de Spinoza caíram como uma bomba, não só sobre a cultura do Ocidente (cristãos e judeus), mas igualmente sobre o mundo islamita. Desde então, os tremores causados por Spinoza se alargaram e não mais deixaram as autoridades religiosas cristãs, judaicas e islamitas em paz. Pois Spinoza foi ganhando adeptos sempre mais numerosos, no decorrer dos últimos três séculos. Os exegetas passaram a estudar as línguas bíblicas (hebraico, o aramaico e o grego), ensaiaram uma leitura da bíblia em consonância com os ditames da ciência moderna e enfrentaram corajosamente obstáculos eclesiásticos. Graças à progressiva introdução da idéia de tolerância no decorrer do século XVIII, tanto na França como na Alemanha, ninguém mais foi queimado vivo por emitir opiniões contrárias às autoridades, como ainda aconteceu com Giordano Bruno em 1600. As idéias humanitárias triunfaram com a Revolução Francesa de 1789.

O instituto eclesiástico sempre reagiu de forma muito nervosa diante de qualquer tentativa de se mexer com os antigos dogmas, mas ao mesmo tempo nunca permitiram que se discuta a maneira em que a extraordinária riqueza de metáforas, símbolos, parábolas e visões da bíblia ficou sendo ‘engarrafada’ em fórmulas cuidadosamente estudadas na base de um elaborado cálculo anti-herético. Ninguém podia nem de longe mexer com o símbolo da fé cristã, promulgado pela assembléia episcopal de Nicéia (325). Foi aí que as impressionantes imagens religiosas do evangelho de João (a Palavra de Deus desce do céu à terra, divulga a mensagem de um Deus Pai e volta ao céu, depois de ter deixado na terra o Espírito Santo) foram traduzidas em dogmas.

Muitos continuaram mexendo com o que era ‘intocável’ e daí nasceu um labirinto tão intricado de explicações, controvérsias e hipóteses, que é praticamente impossível seguir tudo[1]. Só quero lembrar que os papas católicos sempre quiseram colocar um dique contra a invasão do espírito científico em área que lhes parecia privativa, mas em vão. O embate faz vítimas, entre as quais se destaca o sacerdote francês Alfred Loisy (1857-1940) cujo livro ‘O Evangelho e a Igreja’ (L’Évangile et l’Église), publicado em 1902, defende uma tese desde muito defendida, inclusive por intelectuais do império romano (Porfírio e Celso): os evangelhos não correspondem fielmente à história de Jesus. Mas não só no mundo católico os estudos ‘modernos’ causaram problemas, o mundo protestante também foi afetado. Adolfo von Harnack, grande estudioso protestante alemão, encontrou também forte oposição por parte da igreja luterana.

Mas tudo isso não parou o movimento. No século XIX nascem a egiptologia, a assiriologia, a epigrafia semita etc. No século XX entram a filologia e a arqueologia bíblica, provocando sucessivos sustos nos que acreditam nas ‘eternas verdades’ bíblicas. Ao mesmo tempo, avança-se no mapeamento de um universo religioso imaginário comum a todos os povos que mantiveram contato com o povo hebreu, não só a Mesopotâmia mas também o Egito. Percebe-se sempre mais que as grandes imagens bíblicas são comuns ao imaginário religioso do Oriente médio: o céu (Deus Criador), a terra (paraíso terrestre), o ar (ascensão), o sopro animador (Espírito Santo). Mesmo os utensílios agrícolas de cada dia como a enxada, o arado, a pá, o torno (Deus torneiro), a fornalha (inferno) servem como símbolos religiosos. O inferno fica em baixo da terra, onde vivem os demônios, monstros e outras ameaças. Entre nós e o céu atuam os anjos, protetores da vida. Fala-se em ‘filhos de Deus’ (título dado aos faraós do Egito) e em virgens que geram deuses. Estudiosos como Sir James George Frazer[2] arrolam diversas narrativas de dilúvios na Babilônia, na Grécia, na Índia, na Austrália, em Nova Guiné e na Melanésia, na Polinésia e na Micronésia e até na América do Sul, na América central e no México, na América do Norte, na África, um pouco por todo o planeta, abrindo campo para um estudo dos mitos religiosos em escala planetária[3].

Vai se diluindo sempre mais a ideia de que ‘a bíblia tinha razão’[4], assim como a referência absoluta à formulação do Concílio de Nicéia (325). Já no século XIX, estudiosos alemães lançam dúvidas sobre o valor histórico do evangelho de João. Em torno de 1900 já é consenso que os evangelhos de Mateus e Lucas assimilam muita coisa do imaginário popular, em contraste com o evangelhos Q (dos anos 50) e Tomé, que não divinizam Jesus. Esse último, constituindo a descoberta mais famosa de Nag Hamadi (1945), faz sua entrada no rol dos evangelhos cujo estudo se impõe a quem quiser pesquisar as origens cristãs. Na virada do século vinte e um, a lingüística (Ricoeur, Bakhtin, Wittgenstein, Frege, Habermas, Gadamer) penetra nos estudos bíblicos e demonstra a necessidade de se estudar a mediação literária para se chegar ao Jesus da história. Assim a perspectiva de Bultmann (1926) (que dizia que não se pode dizer praticamente nada sobre Jesus a partir dos evangelhos) é revertida e os especialistas estão de acordo que podemos conhecer Jesus, mas não da forma em que está sendo apresentado pela tradição das igrejas. O problema é Nicéia, não os evangelhos.

Concluindo: como Spinoza resume, em poucas palavras, o espírito revolucionário que o anima? No seu ‚Tratado teológico-político’ (1672), ele responde com toda clareza: ‘o mais grave erro da teologia consiste em ocultar a diferença entre conhecer e obedecer, fazendo-nos tomar o princípio da obediência como modelo do conhecimento’. A superação da subordinação do conhecimento (do espírito crítico, da ciência, do estudo, da pesquisa, do pensamento livre) à obediência (à igreja, ao estado, aos superiores), eis o que significa, em última análise, a revolução moderna.

2. Essa superação da obediência pelo conhecimento é o elo que liga a revolução moderna com a revolução atual (que ainda não tem nome). Todos sentimos, mais pelo coração que pela cabeça, que algo de fundamental está mudando, mas é difícil expressar com palavras o que acontece. Por isso dou aqui apenas uns itens em que a mudança se manifesta. Haverá decerto outros pontos (e seria bom se os(as) participantes apontassem alguns).

– Até 1970, as igrejas ainda conseguem colocar um dique contra a invasão do pensamento livre no seu recinto, mas isso não é mais possível. O dique rompeu, as águas correm soltas. No caso da igreja católica, é marcante a diferença entre a primeira viagem de um papa ao Brasil (em 1980) e a viagem do papa em maio 2007. O papa João Paulo II ainda viajava sob aplausos universais. Agora, o papa viaja no meio da fermentação de novas idéias no campo religioso. A mídia faz tudo que pode para ‘esquentar’ o povo a participar da viagem do papa Bento XVI, mas não está mais conseguindo animar as pessoas, como antes. Os comerciantes de santinhos, bonés e bandeirinhas, em Aparecida, já estão reclamando. Vamos ver como se manifestará a diferença entre as viagens de João Paulo II e Bento XVI. Pode ser que a mídia oculte, vamos ver. De qualquer modo, é típica a atitude nervosa em torno da ‘beatificação’ de João Paulo II por seu sucessor. A coisa parece que não pega mais. São Frei Galvão já está sendo ridicularizado (as pílulas de Frei Galvão). São apenas sinais esparsos, mas eles indicam o futuro.

– Quanto à sociedade em geral, o sinais de crise aparecem por todo canto, em todo o planeta (por onde se espalha a influência da cultura ocidental, pois se trata basicamente de uma crise da cultura ocidental): crise mundial da educação; crise da segurança; crise do casamento (ficar); crise do estado (as multinacionais mandam); crise da autoridade (não há ‘figuras’); emancipação da mulher; dignificação dos homossexuais; libertação do sexo; crise da democracia (discussões em torno de Chavez), universalização da corrupção. Vocês devem ter outros exemplos em mente.

Com definir o âmago da presente revolução? Quais são os elementos fundamentais? O teólogo José Comblin responde, num artigo recente da Revista Eclesiástica Brasileira, Vozes, Petrópolis, janeiro 2007: ‘há uma terrível contradição entre a aspiração à liberdade que nasce na revolução cultural dos anos 1970 e o sistema de economia mundial que exerce uma ditadura nos corpos e nas mentes’. Nesta frase tudo está dito. Há dois ingredientes que fazem a revolução atual: (1) de um lado uma ‘aspiração à liberdade’ nunca dantes verificada com tanta amplidão; (2) de outro lado uma ‘ditadura nos corpos e nas mentes’ exercido pelo sistema de economia mundial (companhias multinacionais, a mídia, o mercado, o capitalismo). Essa contradição faz com que estejamos metidos num caldeirão em plena fermentação. Ninguém sabe o que vai resultar dessa fermentação, se haverá uma explosão violenta ou se a humanidade encontrará uma solução pacífica. O que sabemos é que o cristão tem de agir dentro desse processo. Aí está a relevância do cristianismo no mundo de hoje.

3. O que fazer? Penso que Chesterton, citado no portal deste texto, disse a coisa certa: O cristianismo tem de ser re-inventado para corresponder aos anseios da revolução em curso. Trata-se de um desafio imenso e nem todos captam sua importância. Muitos ainda vivem espiritualmente no passado e não chegam a perceber o problema, nem enxergam que tudo está desmoronando em seu redor. As autoridades eclesiásticas, de sua parte, não facilitam a percepção do problema, pois evitam falar do assunto, perdem contacto com a realidade vivida e vão se fechando em sua concha. O papa, por exemplo, se agarra a voláteis aclamações populares e mediáticas, mas não explica o que está acontecendo. Enquanto isso, ninguém presta atenção ao que está dizendo quando recita formalmente o ‘símbolo da fé’ ou participa de alguma liturgia. As palavras gastas que se ouvem nas igrejas viram relíquias mortas, mas, mesmo assim, muitos crentes preferem morrer com elas a colaborar na elaboração de um cristianismo renovado. Bispos como o anglicano Spong ainda são excessões. No seu livro ‚Um Novo Cristianismo para um Novo Mundo’ (Verus, Campinas, 2006), cuja leitura recomendo vivamente, ele desenvolve as etapas penosas da conversão do cristianismo tradicional a um cristianismo sintonizado com a atual revolução nas mentes e nos corações.

O que me parece fundamental em tudo isso é que passemos a divulgar o evangelho sem os recursos tradicionais do poder, do dinheiro ou do prestígio. Como os evangelistas Marcos, Mateus e Lucas. Por puro dinamismo místico, pura vontade de caminhar com Jesus. Jesus não é atingido pela crise das igrejas, pelo contrário, ele apela para a evangelização dialogal. O cristianismo dialogal recusa os métodos autoritativos, quaisquer que sejam. O Deus de Jesus dialoga, não usa a palavra para emitir ordens. Os evangelhos são textos dialogais, eles provocam o público ouvinte ou leitor a participar ativamente de um diálogo com o autor, dando sua opinião, reagindo, refletindo ou discutindo. Textos autoritativos, pelo contrário, pressupõem um público passivo e obediente, atento às orientações. Durante séculos, os evangelhos foram lidos como textos autoritativos, fora das intenções de seus autores. A atual revolução pede que, doravante, eles sejam lidos como textos dialogais. Aí as pessoas sensíveis ao apelo da liberdade vão ouvir o que o evangelho tem a dizer. A divisão sociológica entre um universo de mando e obediência e um universo de discussão e participação encontra sua representação simbólica na maneira em que se usa a palavra. A palavra de Deus não pode ser usada por quem pensa num universo de mando e obediência. É verdade que, durante longos séculos, as igrejas interpretaram os evangelhos de forma autoritativa: a partir do palco, do centro da cena, do palanque, de microfone na mão. Hoje é diferente. O evangelho pertence à platéia, onde se pratica o diálogo. Assim como existem duas posturas básicas diante da socieade, a autoritária e a democrática, existem igualmente dois tipos de evangelização: a dialogal e a autoritativa. A nossa participação na revolução que acontece no mundo consiste exatamente no confronto entre esses dois tipos de evangelização. Se trabalharmos pelo diálogo, vamos ser ouvidos e vamos conseguir nos comunicar. Os evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas são de caráter marcadamente dialogal, tanto na sua redação como no seu relacionamento com os(as) leitores(as). Mas desde o começo houve líderes cristãos que rejeitaram o diálogo e impuseram regras de conduta sem tolerar a discussão. Isso já vem dos inícios do cristianismo.

Não duvido da relevância do cristianismo para o mundo de hoje, mas duvido, isso sim, da relevância dos modos historicamente usados para propagar o cristianismo (pastoral do medo, penitência, inferno, pecado, repressão sexual, obediência). A revolução que presenciamos mostra que a leitura autoritativa do evangelho não funciona mais na sociedade em que vivemos. A relevância do cristianismo no mundo de hoje depende da maneira em que os cristãos vivem e divulgam o evangelho. Os próximos anos hão de mostrar se eles são capazes de abandonar os sermões, conselhos, orientações, mandamentos, ameaças (do inferno) e proibições, e partir resolutamente para o diálogo com a sociedade e a cultura.

[1] Quem quiser se aprofundar nesse assunto lerá com proveito o livro de Spong, J.S., Um Novo Cristianismo para um Novo Mundo, Verus, Campinas, 2006.

[2] Frazer, J. G., El Folklore en el Antiguo Testamento, Fondo de Cultura Economica, México, 1986.

[3] Veja os estudos do professor americano Joseph Campbell, por exemplo: Mitologia na Vida moderna, Ed. Rosa dos Tempos, Rio de Janeiro, 2002.

[4] Hoje ninguém defende mais a tranqüila premissa ainda assumida em 1936 por Joseph Hertz, promotor de uma famosa edição hebraica da bíblia, de que ‘entre todas as crônicas orientais só a bíblia merece o nome de história’. Veja Ouakin, M-A, O Deus dos Judeus, em: A mais bela História de Deus, Difel, Rio de Janeiro, 2001, 51-109.

Obs: O autor : “Nasci em Bruges, na Bélgica, no ano de 1930. Estudei línguas clássicas na universidade de Lovaina e teologia em preparação ao sacerdócio católico, entre 1951 e 1955. Em 1958 viajei ao Brasil (João Pessoa). Fui professor catedrático em história da igreja, sucessivamente nos institutos de teologia de João Pessoa (1958-1964), Recife (1964-1982), e Fortaleza (1982- 1991). Sou membro fundador da Comissão de Estudos da História da Igreja na América Latina (CEHILA), fui coordenador para o Brasil entre 1973 e 1978, responsável pelo projeto de edições populares entre 1978 e 1992, e entre 1993 e 2002 responsável pelo projeto “História do Cristianismo”. Entre 1994 e 1997 fui pesquisador visitante no mestrado de história da universidade federal da Bahia. Durante esses anos todos administrei cursos e proferi conferências em torno de temas como: história do cristianismo; história da igreja na América Latina e no Brasil; religião do povo. Atualmente estou estudando a formação do cristianismo nas suas origens, especificamente os dois primeiros séculos.”

Explicação do painel(foto)

O autor  é o primeiro à direita.

“O painel do fundo, é um quadro desenhado pela Irmã Adélia Carvalho, salesiana (Filha de Maria Auxiliadora) de Recife e ‘artista da caminhada’, que tem muitos trabalhos na linha de uma Igreja libertadora e colabora em diversos programas de conscientização pela arte.
 O tema do quadro pode ser descrito assim: ‘a proposta cristã na confusão do mundo em que vivemos’.”

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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