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Confesso um vício: não consigo dirigir sem ligar o som do carro, às vezes me pego ligando o som antes de ligar o carro…
Sempre fui assim a diferença é que hoje tenho filhos e não posso mais escutar minhas músicas, uma tal de Rádio Disney tomou conta geral das caixas de som ditando o ritmo da dança.
Corro pelas ruas de São Paulo com um fone na orelha e o mp3 no volume mais alto possível (nesse caso são as minhas músicas!). A música ajuda a ditar o ritmo da corrida.
Num dias desses entrei no carro muito pensativo, liguei o som (vício) e no caminho de casa as ideias não paravam e havia algo me incomodando muito, estava irritado com alguma coisa e não sabia o que era, até que percebi: Era o som. Uma música insuportável tocando e música quando não é boa (quando eu não gosto daquele tipo de música) vira barulho e aquele barulho estava demais, roubando minha capacidade de organizar as ideias.
Desliguei o som e parece que jogaram um balde de paz dentro de mim.
A vida é assim, escutamos diversos sons, alguns nos acompanham há muito tempo. São falas, frases, hábitos familiares que rodeiam nosso dia a dia. Alguns são bons, embalam os sonhos e enchem nossa realidade de esperança. Outros incomodam, tiram de nós possibilidades incríveis, roubam nossa auto-estima, deprimem, matam…
Entendo que não dá para desligar a voz de algumas pessoas, não dá pra apagar certas frases que foram ditas com intenções duvidosas, mas sei que ninguém precisa se definir pelas vozes desafinadas de gente chata do passado.
As vezes não dá pra desligar todo som mas é possível diminuir alguns barulhos.
A vida acontece no trabalho, no trem, no carro, na bike, em casa e em todos esses momentos há uma música tocando. Seja seu próprio DJ, escolha sua música, dite seu ritmo, respeite seus passos e os passos dos outros: não aumente demais o seu volume.
Quanto aos chatos? Aperte a tecla “mute”.