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Ela sonhava ver o mundo através das asas de uma borboleta, quando rompesse o casulo e despertasse em uma nova fase. Nova vida… Queria esconder os olhos e não deixar as imagens reais construírem castelos desfeitos.
Cores… Somente as cores eram bem-vindas. Não fosse o tempo, o frio, as chuvas e tempestades. Lembrou-se, ao se ver refletida no fundo do lago. Nem todas as borboletas surgem perfeitas, suas cores em tons pastéis trazem também a decepção da espera.
Queria ser o vermelho brilhante, o azul celeste em verdes campos e matas. Não era nada além daquela cor refugo-casulo absorvido na ânsia da gestação. Os dias passavam e não percebia um detalhe… Nas letras, no vento no pensamento… Podia voar.
Obs: Imagem enviada pela autora.