O vento frio que soprava do Sul,
Batia em seu rosto descoberto.
Todos já estavam abrigados,
Só ele porém,
Já com os lábios rachados pelo
Frio,
Continuava inerte.
O nó na garganta,
Apertava cada vez mais.
Era aquela tristeza do abandono
Que lhe machucava e agonizava,
A ponto de desandar em prantos.
Ninguém estendia a mão
Para lhe tirar daquela aflição.
Desprezado.
Era Jesus-Cristo mais uma vez
Sacrificado pelos homens,
Cruéis e egoístas.
Certamente aquele mendigo,
Que amanheceu
Morto no banco da praça,
Queria viver mais um dia
No mundo.
Mas, o egoísmo de muitos
Não lhe deu
Oportunidade.
O capitalismo cruel e individual,
Não lhe deu esta chance de vida.
Depois de ser sugado
Até a última gota,
para obter lucros,
Deixaram no jogado.
Onde está o amor
Que Jesus Cristo tanto
Pregou?
Até quando vai
Continuar tudo assim?
Oh! homens, fazer
A justiça,
pregar a paz,
Falar a verdade
É praticar o amor.
Obs: O autor é escritor, poeta, advogado, Especialista em Gestão Ambiental de Cidades e Mestre em Gestão e Planejamento Ambiental.