1 de novembro de 2017
caminhava
como um cristo coroado de espinhos
e como um cristo
ninguém via a dor nos seus passos
era tão sofrimento
que nem sequer mostrava
os olhos da esperança
mas aquela não era dor de ser vista
ela a carregava na alma
desde que levaram-lhe o filho
caminhava
e apesar de estranha
confusa
quebrada
ela exalava o hálito da sobrevivência
vivia para encontrá-lo.
Obs: Imagem enviada pela autora (Arte: Kyle Thompson)
195º Desafio Poético com Imagens proposto por Tânia Regina Contreiras
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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