Vilmar Locatelli 1 de dezembro de 2009


(
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Estou sob o efeito
das drogas.
Drogas guardadas
estampadas, mostradas
ao mundo em que jogas

Não ganho, só perco
estou derrotado nas encostas
dos muros intransponíveis,
bêbado,
em frenesi de amor,
chutando lixo
correndo sem rumo
sem roupa.
Odeio esta dor

Eu vivo este ardor
Me drogue, sou droga
que mata não cura
que ama quem chama
Encomenda um carinho
Me diz bem baixinho
Sou louco,
ou louco estou sem ninho?
Eu vivo,
ou vive quem me
mata me joga me
deixa sozinho?

Não sou desde mundo?
Não tenho lugar?
Só fora dos muros?
Droga de vida
Droga de mundo
Droga de tudo
Droga…

Por que saber o que eu sinto?
Não mintas pra mim
Tire o cinto me batas
no rosto
É isso o que queres
Sou teu desgosto

Vá até o primeiro esgoto
Me deixe esquecido
na morte iludido
que um dia vivi

Viva tranqüilo
cabeça feita
no Whisky importado
prenda o errado
mate o malvado
elimine o drogado
fique com a droga
Me deixe enforcado.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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