15 de agosto de 2017
andei por aí me sentindo invisível
sem vontades
sem coragem
apenas um coração de difícil solução
tropecei nas pessoas
elas não sentiram nem viram
o vai-e-vem das minhas pernas
agarrei-me nas horas
elas correram como sempre correm
das minhas tentativas de fazê-las parar
andei tanto e no entanto
nada saiu do lugar
era só eu cansada e cansada
dos sonhos que cobriam a cama
e aquele corpo
que a sombra na parede
dizia ser meu.
Obs: publicado inicialmente pelo poeta José Couto com esta arte de Karl Bryullov
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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