15 de dezembro de 2009
Um poeta não se leva a sério:
sujeito cheio de mistério!
sobre ele não há meio termo –
é um gênio ou um estafermo.
Faz versos cheio de graça
– flor da raça!
mas não tem um centavo
– é um parvo!
Percorre o mundo – é poliglota
é vagabundo – um idiota.
Tem fina verve…
mas pra que serve?
Seu estilo, seus poemas
– são gemas!
não sabe fazer negócio
– um beócio!
Sua rima, que rica
mas prevarica…
As imagens, tão sutis
é infeliz…
Um grande bardo
este poeta libertário –
pobre diabo…
é medíocre funcionário.
Enfim, com o poeta, a vida
não usa meia medida:
para uns, é sapiente
para outros, um demente!
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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