1 de agosto de 2017
Veneza, em seu romantismo milenar, encanta a todos que a visitam. Sua história, sua paisagem, suas pontes, sobretudo a “Dos Suspiros” fazem delirar o mais tosco dos seres humanos. Suas estreitas e sinuosas ruelas, como num labirinto mágico, deixam seus visitantes extasiados, ébrios à procura de tempos vividos ou imaginados, ou quem sabe, a serem vivenciados…..
Sua magia, suas máscaras multicoloridas e multifacetadas, seus cristais de “murano”, nos mais diversos matizes compõem um arco-íris de esplendor e êxtase, conduzindo seus amantes a um mundo de sonhos, encantamentos e transgressões. Estes apaixonados não são mais eles próprios, mas caminhantes num mundo de amores “impossíveis”.
E eis que, deslumbrando-se com um cantar alegre em uma daquelas festivas gôndolas em romaria, ao sorver uma taça de champanhe, surge a outra pessoa. Impossível não percebê-la. Destacara-se entre todas as demais: imponente, esguia, altaneira, porém a conquistar sorrateiramente. O coração disparou, os olhos começaram a brilhar e o corpo a tremer. Um verdadeiro “coup de foudre” como sabiamente dizem os franceses. Numa efeméride de emoções o coração não resistiu a esta conquista.
As mãos trêmulas avidamente a tomaram nos braços e juntas seguiram rumo à Riviera Francesa, Mônaco e Paris. Que romance intenso, fagueiro e perfeito, daqueles que apenas acontecem uma vez na vida e… em Veneza. (2010)
Obs: Imagem enviada pela autora.