15 de julho de 2017
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Chove, final de tarde, um pássaro canta. Não sei qual é o pássaro que ainda canta num dia frio, chuvoso, onde o sol se recolheu mais cedo. Meus dedos estão com as pontas frias, o meu coração gelou de repente, está pálido. Os meus olhos nublaram. Procuro enraizar os pés da alma para que o vento frio só a balance, sem arrancá-la do solo fértil. Os pássaros que cantam nas minhas veias, mesmo recolhidos nesta hora cinza, cantam, cantam sempre. Apenas fiquei surda por um momento, só por um momento, enquanto nevava no coração. Vou desenhando com minha palavras árvores frondosas, para não me faltarem pássaros.
Obs: Imagem enviada pela autora
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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