Therezinha Paiva 20 de janeiro de 2010

Festas e mais festas, fogos, música, esperança, alegria contagiante e hoje coisa alguma temos para ver a não ser um grande desastre em Angra dos Reis e chuva fortíssima em São Paulo, com suas conseqüências assustadoras.
Quanta tristeza, quanta dor e a expectativa do que mais virá.
O regozijo pela ausência de violência no Rio de Janeiro, na passagem do ano, foi abafado pela natureza que nos sacode e assusta. Dois milhões de pessoas unidas no amor, na Paz e logo a seguir o caos bem próximo de nós.
O que podemos fazer? Temos condições de acalmar a natureza enfurecida?
Podemos reconstruir o que no passado de errado fizemos?
Os governantes se reuniram e coisa alguma estará em prática.
Ficam os sustos, as desgraças, as destruições.
Para somar ao rol de sustos a degeneração crescente, galopante, dos valores morais, da ética, da convivência familiar, da integridade, da dignidade da pessoa humana.
Prostituição, drogas, assaltos, agressões físicas e verbais, desrespeito, indiferença, o estar junto e passar por amigo para tirar vantagens… Isso vejo no meu dia a dia. Só eu vejo? Só eu sinto?
Recebi um sem número de mensagens sublimes, religiosas, humanas, pela passagem do Natal de Jesus e depois a alegria, sonhos projetados, esperança no ano que se anunciava.
O ano chegou; estamos em 2.010.
E agora?
Onde estão contidos, imersos todos os bons propósitos clamados por todo um mês, o mês de dezembro. Foi tudo mais um “faz de conta”?
Agora no ar o carnaval. Mulheres, jovens, meninas despidas, muita bebida, sexo livre, alegria e mais alegria. Será mesmo alegria?
E depois? Ao que levará mais um festival desses? Com certeza a mais uma geração intitulada de “filhos do carnaval”, que será atirada à sua sorte, sem amor da mãe, do pai desconhecido.
Os programas de auditório, os transmitidos nas escolas de Samba nos mostram a cada ano meninas mais jovens exibindo seus corpos. Carnaval igual à exposição de meninas e jovens semi-nuas, cantando e dançando ao som de músicas para tal momento escritas.
Sou a favor do carnaval, festa popular maravilhosa. Mas o vejo como festa de alegria, música, dança compartilhada com a família, com os amigos, com novos amigos, com o povo, com os turistas, com todos os que buscam o bem viver, a cultura de um povo, a convivência pacífica. Mas não mais é assim, não é mesmo.
O que pensam vocês?
Estou completamente equivocada? Tomara esteja; tomara minha visão do mundo esteja distorcida e só esteja vendo o negativo onde o positivo impera. Gostaria de enxergar dessa forma.
Abram meus olhos!!!!!

02.01.2010
Um abraço e o meu carinho,
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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