Regina Carvalho 15 de maio de 2017

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Antes era o vale
A campina nua
O cipó chumbo
As montanhas abissais
E atrás
Muito atrás… o mar.
Aí inventamos
O empilhar pedras
Traçar fronteiras
Empalhar adobe
Lapidar desejos
Rastrear limites…
Zeladores de muros
É o que somos
Para estarmos seguros
Da floresta e do escuro
Todavia
A natureza abre brechas
Surgem formigas e ratos
Crianças e loucos
Chuvas e ventanias
O sol escaldante
Lâmina do meio dia
Surgem assassinos e Messias
Ai de nós

Para nosso Horror
nossa salvação
e nosso alumbramento
abrem-se brechas e frestas
nos maciços de cimento.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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