[email protected]
http://www.patriciatenorio.com.br
09 a 10 de fevereiro, 2016
A dupla
Existem certos livros (e filmes) que nos assombram, nos atormentam a ponto de adiarmos o instante inaugural de leitura.
“Não sei por que demoro tanto a ler certos livros. Talvez por temer um abismo, pressentir uma perda de mim, uma perda do centro, uma desestruturação de meu ser. Isso aconteceu, por exemplo, com O Mar, de John Banville. Lembro de tomar o livro por diversas vezes, trazê-lo para junto de mim, para a mesa de cabeceira, mas algo que eu adivinhava na capa, ou na orelha, ou na pequena resenha do livro me impedia de abrir a primeira página e lê-lo de um fôlego só, horas e horas sem parar, e conseguir escrever no meu diário, ainda tomada pela emoção da leitura, que “uma espécie de vazio se instala em mim”.”[1]
O mesmo acontece com A louca da casa (2003), da escritora e jornalista espanhola, nascida em Madri, Rosa Montero (1951). Recebi de uma amiga das letras e da vida, a poeta e escritora Elba Lins, no lançamento de A menina do olho verde, em maio de 2016. Maio de 2016. Daqui a uns dias faz um ano. E me recusei esse tempo inteiro a tomá-lo nas mãos, “trazê-lo para junto de mim” e “lê-lo de um fôlego só”.
Investigo.
Composto por dezenove capítulos, Montero vai nos guiando por sua arte do escrever bem, um escrever bem quando “a louca da casa” toma conta de nosso ser, preenche plenamente nosso ser e podemos revelar a nossa verdade com todas as células.
“Sempre pensei que a narrativa é a arte primordial dos seres humanos. Para ser, temos que nos narrar, e nessa conversa sobre nós mesmos há muitíssima conversa fiada: nós nos mentimos, nos imaginamos, nos enganamos. O que contamos hoje sobre a nossa infância não tem nada a ver com o que contaremos dentro de vinte anos.”[2]
Desde a epígrafe, Rosa nos alerta das possibilidades do que está escrevendo. “Para Martina, que é e não é. / E que, não sendo, muito me ensinou.” Martina, supostamente, é a irmã gêmea de Rosa. Uma irmã gêmea tão diferente que bem poderia ser inventada, bem poderia ser uma personagem da escritora espanhola, que se autodenomina “a louca da casa”.
O título por si só é bem esclarecedor. “Caiu de paraquedas” para a autora vindo de uma frase de Santa Teresa, quando esta afirma que a “imaginação” é a louca da casa, e fica em um lugar escondido do nosso ser. Lá para o final do livro, Montero faz uma retrospectiva na qual descobre que o texto não é somente sobre a literatura, mas sobre a imaginação, a loucura… Mas deixemos para “o final do texto” a descoberta dos verdadeiros temas de Rosa…
As máximas
Se pudéssemos organizar em máximas (mas de maneira aleatória, que faz sentido para mim, e o mais breve possível) para o “escrever bem” os inúmeros capítulos de A louca da casa – ato que, tenho certeza, muito incomodaria a autora, mas que tomo a licença poética para tentar descobrir o porquê dessa minha paralisia, desse meu congelamento diante de uma possível “dupla” ––, se pudermos organizar em máximas, quem sabe encontrássemos em cada capítulo…
1) “Nós inventamos nossas lembranças, o que é o mesmo que dizer que inventamos a nós mesmos”;[3]
2) “O escritor está sempre escrevendo”;[4]
3) “Ninguém vai se lembrar da maioria de nós dentro de alguns séculos”;[5]
4) “Medo de concretizar a ideia, de aprisioná-la, deteriorá-la, mutilá-la”;[6]
5) “A literatura é um caminho de conhecimento que precisamos percorrer carregados de perguntas, não de respostas”;[7]
6) “O romance se dá numa região turva e escorregadia; em torno de um romance sempre acontecem as coisas mais estranhas. Como, por exemplo, as coincidências”;[8]
7) “Por que um escritor perde o rumo?”;[9]
8) “Mas não creio que seja um assunto apenas literário; realmente, acho que o ambiente fraternal é o primeiro lugar onde você se mede como pessoa; para ser você mesmo, é preciso sê-lo, de algum modo, contra seus irmãos”;[10]
9) “Os romances são os sonhos da Humanidade, sonhos diurnos que o romancista tem de olhos abertos”;[11]
10) “Será que no fundo da nossa consciência sabemos que a paixão amorosa é um invento, um produto da nossa imaginação, uma fantasia? E que, portanto, essa dor que nos abrasa é de alguma maneira irreal?”[12]
11) a) “Isto é a escrita: o esforço de transcender a individualidade e a miséria humana, a ânsia de nos unir aos outros num todo, o desejo de sobrepor-nos à escuridão, à dor, ao caos e à morte”;[13]
b) “A poesia aspira à perfeição; o ensaio, à exatidão; o drama, à ordem estrutural. O romance é o único território literário em que reinam a mesma imprecisão e falta de limites que reinam na existência humana. É um gênero sujo, híbrido, agitado.”[14]
12) “Lembro da primeira vez em que percebi que a morte existia. Eu devia ter uns cinco anos e estava lendo O gigante egoísta, o lindo conto infantil de Oscar Wilde. […] E morrer, percebi de repente, era não estar em lugar algum. […] Imagino que esta foi mais uma das razões pelas quais virei escritora”;[15]
13) “Detesto a narrativa utilitária e militante, os romances feministas, ecologistas, pacifistas ou qualquer outro ista que se possa pensar, porque escrever para passar uma mensagem trai a função primordial da narrativa, seu sentido essencial, que é o da busca do sentido. Escreve-se, então, para aprender, para saber; e não é possível empreender essa viagem de conhecimentos levando previamente as respostas”;[16]
14) “O escritor, como qualquer outro artista, tenta dar uma espiada para fora das fronteiras dos seus conhecimentos, da sua cultura, das convenções sociais; tenta explorar o informe e o ilimitado, e esse território desconhecido se parece muito com a loucura”;[17]
15) “De modo que a imaginação não só pode vencer a morte (ou pelo menos conquistar um adiamento da pena), mas também nos cura, nos sana, nos torna melhores e mais felizes”;[18]
16) “Porque eu não acredito na existência de musas. Em primeiro lugar, penso que o sussurro da criatividade, o murmúrio do daimon e dos brownies é sempre conquistado na base do esforço (como dizia Picasso, que a inspiração te pegue trabalhando); e também estou convencida de que os musos e musas mais eficientes não são os verdadeiros amados, e sim as ilusões passionais. Quer dizer, a pura fabulação. Quanto mais longínquo, mais frustrado, mais impossível, mais irreal, mais inventado for o relacionamento sentimental, mais reaviva a imaginação, enfim, enquanto a realidade pura e dura, o ruído imediato da própria vida, é péssima influência literária”;[19]
17) “De fato, quando transcorre certo tempo, digamos vinte anos, de alguma coisa que lembro, às vezes é difícil distinguir se vivi aquilo, ou se sonhei, imaginei, ou talvez escrevi ( o que mostra, por outro lado, toda a força da fantasia: a vida imaginária também é vida)”;[20]
18) “Em geral, os seres humanos não se permitem outros delírios, mas aceitam o amoroso. A alienação passageira da paixão é uma doidice socialmente admitida. É uma válvula de escape que nos permite continuar sendo equilibrados em todo o resto”;[21]
19) “Talvez tenhamos dentro de nós outras possibilidades de ser; talvez até mesmo as desenvolvamos de algum modo, inventando e deformando o passado mil e uma vezes. Talvez cada um dos acontecimentos da nossa existência pudesse ter acontecido de dez maneiras diferentes”.[22]
Os diálogos
Michel de Montaigne (1533-1592) já dizia nos seus Ensaios[23] que escrevemos por cima do que já escrevemos – lembro do palimpsesto –, e o que escrevemos não tem nada de original: nos citamos uns aos outros.
Que me perdoe Montaigne, mas seria preciso retornarmos aos gregos, antes até mesmo de Sócrates e Platão, antes dos Pré-socráticos, ao primeiro ser humano que (ins)escreveu símbolos nas cavernas, tentando se comunicar uns com os outros, para sermos originais. Mas precisamos nos dizer, precisamos colocar para fora aquilo que somos para dentro, ou ao menos investigar o que somos para dentro no intuito de nos conhecermos mais e melhor.
E é com esse intuito que teço aguns diálogos com essa escritora espanhola que se auto-denomina A louca da casa, e que, tão loucamente, eu me sinto irmã.
Dialogo.
ROSA – “Nós inventamos nossas lembranças, o que é o mesmo que dizer que inventamos a nós mesmos”.
PATRICIA – Uma das maneiras de registrar o que ocorre no processo criativo encontra-se nos diários, blocos de anotações, …, o que a doutora em Linguística Aplicada e Estudos de Línguas da PUCSP, Cecília Almeida Salles, em Gesto inacabado: processo de criação artística,[24] chama de “registros de experimentação”.
ROSA – “O escritor está sempre escrevendo”.
PATRICIA – Não me canso de repetir – e a repetição leva à elaboração – as máximas do poeta, romancista, dramaturgo, crítico de arte paraibano radicado em Recife, PE, Ariano Suassuna (1927-2014), no seu Iniciação à Estética,[25] quando afirma que não basta a Forma, ou a imaginação criadora; é preciso a Técnica, ou estudo contínuo; e o Ofício, ou trabalho diário, para que o artista – e aqui tomamos o(a) escritor(a) – transforme em obra de arte e não mero artesanato o que tem em suas mãos.
ROSA – “A literatura é um caminho de conhecimento que precisamos percorrer carregados de perguntas, não de respostas”.
PATRICIA – Se eu pudesse eleger um único tema para as minhas investigações seria tentar responder à grande Pergunta, uma Pergunta Essencial: até onde o escritor pode transitar na Teoria sem perder a Ficção? A Escrita Criativa em Ambiente Acadêmico é esse grande desafio ao nos alimentarmos de Teoria para fazer Poesia, de Crítica para tecer Ficção, de Vida para moldar o barro da Arte.[26]
ROSA – “O escritor, como qualquer outro artista, tenta dar uma espiada para fora das fronteiras dos seus conhecimentos, da sua cultura, das convenções sociais; tenta explorar o informe e o ilimitado, e esse território desconhecido se parece muito com a loucura”
PATRICIA – De maneira oblíqua, tento dialogar com a questão da loucura e do conhecimento ao mesmo tempo. Penso que escrever é como se fosse lapidar um vidro em estado bruto, opaco a princípio, pois não nos conhecemos bem. Com o aprofundamento da escrita e do auto-conhecimento que ela nos fornece, vamos lapidando e lapidando esse vidro opaco de nós mesmos, até chegarmos ao cristal, puro, transparente, o mais próximo possível de nossa essência – porque nunca conseguimos atingir a nossa essência plenamente, apenas “vemos em parte” o que um dia “veremos face a face”, já nos dizia o apóstolo Paulo. E por estarmos tão próximos de nossa essência, por quase “roçá-la”, não nos contentamos com pouco, nunca mais aceitaremos menos do que desejamos. E isso é um risco imenso. É para “os poucos, os loucos, os bons” – já nos dizia Hermann Hesse.
Quanto à Loucura, escrevi um texto sobre o Elogio à Loucura, de Erasmo de Roterdam, e um dos trechos que mais me fascina é quando Erasmo trata do Amor-Paixão, um dos quatro temas – como prometi no início deste breve estudo: literatura, imaginação, loucura e amor – que Rosa Montero trata no seu A louca da casa, e que farei uma relação com o filme La La Land, de Damien Chazelle.[27]
O amor
Uma atendente de cafeteria que sonha em ser atriz. Um músico que sonha em ter um clube de jazz próprio. Sonhos que se misturam, se entrelaçam, na direção da maior das loucuras do ser humano: a loucura do amor.
Quando iniciei este breve estudo, falei de livros “que nos assombram, nos atormentam a ponto de adiarmos o instante inaugural de leitura”. Feito O Mar, de John Banville. Feito Um Detalhe em H e 23 de Novembro, de Fernando de Mendonça. Feito A louca da casa, de Rosa Montero. Mas tive o cuidado de pôr entre parênteses os filmes, e no caso de La La Land ocorreu comigo exatamente o contrário do que acontece com “certos livros”.
Fui levada, por acaso, por meu filho caçula, em um domingo de janeiro, 2016. E já é a segunda vez que o assisto, e a obsessão persiste, a paixão continua.
– “O amor tem razões que a própria razão desconhece” – já dizia William Shakespeare.
E Rosa Montero afirma que o Amor-Paixão é a única Loucura que é permitida – e incentivada, vide os Dias de Namorados, etc – pela sociedade.
ROSA – “Porque eu não acredito na existência de musas. Em primeiro lugar, penso que o sussurro da criatividade, o murmúrio do daimon e dos brownies é sempre conquistado na base do esforço (como dizia Picasso, que a inspiração te pegue trabalhando); e também estou convencida de que os musos e musas mais eficientes não são os verdadeiros amados, e sim as ilusões passionais. Quer dizer, a pura fabulação. Quanto mais longínquo, mais frustrado, mais impossível, mais irreal, mais inventado for o relacionamento sentimental, mais reaviva a imaginação, enfim, enquanto a realidade pura e dura, o ruído imediato da própria vida, é péssima influência literária”.
E Erasmo (Desidério) de Roterdam confirma no seu Elogio à Loucura, feito citei acima, e ele escreve abaixo.
“De fato, quem ama com ardor não vive mais em si mesmo, vive no objeto que ele ama; e, quanto mais se afasta de si mesmo para ligar-se a este objeto, mais ele sente aumentar sua alegria e sua felicidade. Ora, não é louco o homem quando seu espírito, elevando-se acima da matéria, parece sair do corpo para delirar? De outro modo, o que significariam estas expressões vulgares: Ele está fora de si… caia em si… ele voltou a si…? Enfim, quanto mais perfeito é o amor, maior a loucura e mais sensível a felicidade.”[28]
E Rosa se repete na narração dos possíveis encontros com M., um ator de Hollywood – qualquer semelhança com o sonho de Mia em La La Land não é coincidência, pois não acredito em coincidências –, feito uma obsessão, feito as possibilidades de Aristóteles na sua Poética, feito a escrita compulsiva deste texto em dois dias, ou um poema que escrevi diante do infinito mar, um poema que ofereço daqui, do outro lado do Oceano Atlântico, para A louca da casa Rosa Montero, que, feito Martina, bem poderia ser minha irmã.
Ofereço.
Cercada
Por animais
Eu me acordo em
Fevereiro
Lembro
Da menina de óculos
E meias
Até os joelhos
No primeiro
Dia de aula
Ela me diz
Algum segredo
Em voz baixa
Eu presto
Atenção
Para captá-lo
No ar
Para sorver
Na ponta
Dos dedos
O que fui
Outrora
Moldar em
Barro
E transmutar
Em personagem
Já fui
Princesa
Sacerdotiza
E jornalista
Agora sou
Uma simples
Escritora
A catar
Conchinhas de palavras
No mar aberto
De Maracaípe
(“Álbum de família”, Patricia (Gonçalves) Tenório,[29] 01/02/17, 06h02)
_________________________________________________________
(1) Vide “Sobre Um Detalhe em H, de Fernando de Mendonça” (http://www.patriciatenorio.com.br/?p=4809) e “A Epifania em Fernando de Mendonça” (http://www.patriciatenorio.com.br/?p=5923), 19/06/2013 e 04/01/2015, respectivamente.
(2) MONTERO, Rosa. A louca da casa. Tradução: Paulina Wacht e Ari Roitman. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2015, p. 8.
(3) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 8.
(4) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 12.
(5) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 21.
(6) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 32.
(7) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 39.
(8) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 45.
(9) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 51.
(10) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 64.
(11) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 75.
(12) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 81.
(13) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 96.
(14) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 100.
(15) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 102, itálico da edição, colchetes nossos.
(16) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 109.
(17) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 122.
(18) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 129.
(19) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 137, itálico da edição.
(20) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 141.
(21) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 150.
(22) MONTERO, Rosa. Op. cit., p. 166.
(23) MONTAIGNE, Michel Eyquem de. Ensaios. Tradução: Sérgio Millet. Precedido de Montaigne – o homem e a obra, de Pierre Moreau. 2ª ed. Brasília: Editora Universitade de Brasília, Hucitec, 1987, p. 352.
(24) SALLES, Cecilia Almeida. Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: FAPESP: Annablume, 1998, p. 18.
(25) SUASSUNA, Ariano. Iniciação à estética. Texto revisado e cotejado por Carlos Newton Júnior. 5ª edição. Recife: Ed. Universitária da UFPE. 2002, pp. 235-240.
(26) Vide “A perda da aura nas Fotografias para imaginar, de Gilberto Perin (e a Escrita Criativa em Ambiente Acadêmico)”, http://www.patriciatenorio.com.br/?p=7095, de 30/10/2015.
(27) La La Land. La La Land – Cantando Estações. 2016. EUA. 128 min. Direção: Damien Chazelle. Com Ryan Gosling, Emma Stone, John Legend, entre outros.
(28) DESIDÉRIO, Erasmo. Elogio da loucura. Tradução: Paulo Neves. Porto Alegre: L&PM, (1508 in) 2011), p. 131, itálico da edição.
(29) Patricia (Gonçalves) Tenório escreve prosa e poesia desde 2004. Tem onze livros publicados: O major – eterno é o espírito, 2005, biografia romanceada, Menção Honrosa no Prêmios Literários Cidade do Recife (2005); As joaninhas não mentem, 2006, fábula, Melhor Romance Estrangeiro da Accademia Internazionale Il Convivio, Itália (2008); Grãos, 2007, contos, poemas e crônicas, Prêmio Dicéa Ferraz – UBE-RJ (2008); A mulher pela metade, 2009, ficção; Diálogos, contos, e D´Agostinho, poemas, 2010; Como se Ícaro falasse, ficção, Prêmio Vânia Souto Carvalho – APL-PE (2011), lançado em novembro de 2012. Em 2013, recebeu o Prêmio Marly Mota, da União Brasileira dos Escritores – RJ, pelo conjunto de sua obra, e lançou em Paris Fără nume/Sans nom, poemas, contos e crônicas em francês e romeno, pela editora romena Ars Longa. Em 2016 publicou Vinte e um/Veintiuno (Mundi Book, Espanha, abril, 2016), e A menina do olho verde (livros físico e virtual, Recife e Porto Alegre, maio e junho, 2016), traduzido para o italiano por Alfredo Tagliavia, La bambina dagli occhi verdi, publicado em setembro, 2016 pela editora IPOC – Italian Paths of Culture, de Milão. Defendeu em 17 de setembro de 2015 a dissertação de mestrado em Teoria da Literatura, linha de pesquisa Intersemiose, na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, “O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde: um romance indicial, agostiniano e prefigural”, com o anexo o ensaio romanceado O desaprendiz de estórias (Notas para uma Teoria da Ficção), sob a orientação da Profª Dra. Maria do Carmo de Siqueira Nino, publicada em outubro de 2016 pela editora Omni Scriptum GmbH & Co. KG / Novas Edições Acadêmicas, Saarbrücken, Alemanha. Acaba de ingressar (2017.1) no Programa de Pós-Graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) no Doutorado em Escrita Criativa.