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Lembro-me daquela música do Erasmo:
“… Sei que você fez os seus castelos E sonhou ser salva do dragão
Desilusão meu bem
Quando acordou estava sem ninguém
Sozinha no silêncio do seu quarto
Procura a espada do seu salvador
Que no sonho se desespera
Jamais vai poder livrar você da fera da solidão…”
Um dia, ela acorda e chega à conclusão que já é uma mulher e do nada, conclui que o príncipe encantado que andava em seu sonho, montado no cavalo branco, não vai mais aparecer, deu o bolo, deixou-a a ver navios, e não a salvará da torre que a mantém reclusa, e nem do dragão que a aterroriza, isso porque o seu salvador nada mais é que um homem comum e quando muito, ele, vai conviver pacificamente com a fera que vigia o castelo, trocando figurinhas, sem se dar conta que a princesa como “mulher”, tem sede de atitudes másculas e protetoras.
Muito antes do que se imagina a Bela Adormecida acorda e percebe que ainda vive encastelada e de súbito, toma a decisão de livrar-se das amarras que a mantém presa. Larga o príncipe, vai à luta, conquista o dragão,que já não se mostra tão inatingível, e sai em busca de sua própria vida.
Assim, a sensação de espera cede lugar a algo muito maior, a realização de resgatar-se, sentir-se viva, e guerreira! o
Obs: Imagem enviada pela autora.