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Espero haver cumprindo minha missão. Fazer o que, depois? Procuro motivos me questiono, avalio ver meus erros. Vejo-os refletidos naqueles que julguei haver ensinado o bem. Sei, não. Sei lá. Permaneço em atitude contemplativa e sinto-me santificada. Se ninguém me consola consolo-me eu. Pensar o contrário? Quem sabe? Só isto, só isto mesmo.

Continuo confusa e da vida nada sei. Quem souber explique, por favor.

Diga-me, se puder, o que estou fazendo aqui? Que amigos são estes que se desfazem das amizades como quem joga fora uma roupa usada? Que amigos são estes que saem pelos caminhos plantando obstáculos para derrubar os que vêm atrás? Que amigos são estes, responda, se puder.

Agora, eu me pergunto, o que estou fazendo aqui? Sinto-me como os construtores de Babel. Neste mundo de falsidades, cada um fala uma língua diferente, ninguém se entende. Cada um se embala ao som da própria voz. Cada um projeta de si uma imagem que julga exemplo infalível de sucesso. Não me considero diferente.

Que amigos são estes que esburacam as estradas para você cair?

Obs: Texto do livro da autora – Doido É Quem Tem Juízo –