Vivo porque sou teimoso!
Insisto em insistir em vencer a batalha perdida.
Retomo obstinadamente as mesmas armas destroçadas.
Os inimigos são os mesmos da última batalha;
finjo que não reconheço os seus rostos,
a sua maldade,
os seus planos malignos,
mas os conheço muito bem.
Reúno as últimas forças,
sem pensar na dor da queda,
para poder suportar mais uma vez a vergonha da derrota.
Minha teimosia é na verdade a minha sobrevivência.
Retorno ao campo de batalha:
decidido,
enfraquecido,
revoltado,
talvez mais uma vez vencido.
Vivo porque ainda não tenho motivos para morrer;
encontro apenas motivos para continuar a combater.(Caetés 13/11/2016 – 15:39)