1 de setembro de 2016
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Sou este ponto de espanto
No entra e sai, no vai e vem
Metade de mim é “quando?”
A outra metade é “quem?”
Parte em mim é desespero,
outra parte, desencanto
Só sei ser múltiplo, inteiro
Quando eu amo, quando eu canto
Tento juntar meus pedaços
Passos, pessoas, passado
Não sei onde estão meus rastros
Meu retrato mais exato
Entre esses cacos e restos
Nem perfil, nem biografia
Se me perdi nos meus versos
Um dia, viro poesia.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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