15 de agosto de 2016
Nos últimos tempos, podemos perceber o quanto as relações interpessoais estão se tornando cada vez mais distantes. Os indivíduos estão aderindo aos meios eletrônicos de forma exponencial e, consequentemente, os vínculos sociais vão se degradando.
Recentemente, o aplicativo Pokemon Go foi lançado no Brasil, e de imediato milhares de pessoas já se envolveram, nesse ínterim, indivíduos de todas as faixas etárias aderiram-no, sendo esse um dos principais assuntos publicados pela mídia. Esse desperta nas pessoas o interesse na procura de itens que levam ao aumento da pontuação disponibilizada pelo jogo.
Porém, se pararmos para refletir sobre tais atitudes, seria alguma forma de benefício aos cidadãos? Acredito que esse seria mais um meio de alienação, fazendo com que as pessoas não tenham consciência da própria realidade e distanciem entre si. Nesse sentido, conforme o sociólogo polonês Zygmunt Bauman afirma que as relações entre os indivíduos tendem a se tornar cada vez mais líquidas, ou seja, os princípios e os valores humanos estão sendo postergados.
Seguindo esse raciocínio, assim como Pokemon Go e outros vários jogos são formas de distração que dificultam as pessoas de fortalecerem as relações, de agregarem conhecimentos e terem maior acesso à cultura, isto é, os indivíduos se envolvem de forma que passam a não terem consciência do uso abusivo em relação aos aparelhos eletrônicos.
Enfim, é necessário ter discernimento e cuidados com as propostas virtuais, as quais induzem à reações intelectuais, emocionais sem controle, e às vezes irreais, passando de uma forma de entretenimento à alienação.
Obs: A autora é natural de Uberlândia e cursa Direito.