Por preferência, gosto de me posicionar entre o halo abstrato de uma vertigem, e a superfície pálida do mundo real. Morar entre demências, dormir no aconchego amplo de muitos espaços, para suportar o amanhecer claustrofóbico que vai me conter em mais um dia.
Onde sensações moram em medidas, e toda forma tem sua essência suprimida, nos filtros de um limitado corpo. A caixa do tempo que não adultera o espaço para o flutuar de uma imaginação. Por isso o raciocínio limpo me insulta. Pois me recuso a ser sensato, quando na verdade, toda realidade não passa de pura ilusão.
Teatro! Palco perfeito para exercitar equívocos, cultivar sorrisos, e tentar afogar-me em alguma paixão. Para então me obrigar a exprimir-me me eximindo de ser perene e agir de acordo com o coração. Algo como ter o desejo um passo a frente da intuição.