Uma dor imensa me preenche a alma
A perda me entristece
Como fui cega e prepotente
Deixei partir a delicadeza
O poema e o animus vivendi
Que vazio me preenche agora
Meus olhos são arrebatados por lágrimas
A escoar copiosamente por minha face esfacelada
O sofrer é grande
A saudade infinita
Quão forte é esta sensação
A esfaquear meu coração
Fazê- lo sangrar de sofrimento
Saudades jamais imaginadas
Tristeza a corroer o âmago do meu ser
Como pude ser…
Meus olhos foram vedados
Pelas nuvens da soberba
O alterego elevou- se aos ceus
Tento ser forte , descubro- me frágil
Mais que dependente
Um espectro que se arrasta languidamente
Nesse emaranhado de emoções
Ao viver na alegria
Mato a tristeza que me aflige
Sufoco a dor que me aniquila
Morro a cada segundo
No encanto do desencontro