15 de julho de 2016
VIDA CRIOLA, dos pagodes e fandangos,
Do samba, afoché e carimbó,
Vida criola, caboclo rastejante,
Caudilho das coxilhas.
Curumim dos botes de casco inteiriço,
Sob o sol abrasador nos rios, mares-rios,
Vida criola, caboclo navegante,
Teu peixe mãos calejadas, teus peraus,
Minha existência.
Rastejas, és terra, procura terra,
Vives de água, mora na terra, sem terra,
Tem terra, mãe terra, bem social.
Bebes o pó causticante, faísca nas pedras
Enxadas quebradas, arar tua vida parece mais fácil,
Índio macho.
Rastejas no mundo, Made in Brazil
Norte-Sul, sofres, teu sofrimento
É escada dos poderosos.
Rastejas pelo pão,
Rastejas pelo céu,
Até quando?
Obs: O autor é escritor, poeta, advogado e mestre em Gestão e Planejamento Ambiental.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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