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Por conta dos muitos tempos vividos custei a aderir ao wathsapp, telefone onde tudo pode ser feito. Muito me preocupa quando vejo filhos e netos grudados nele, mudos e às vezes sorrindo desbragadamente.

Nos restaurantes, vejo casais solitários, cada um com os olhos voltados para seu objeto de prazer. Silenciosos e sem observar o que se passa à sua volta. Assim, terminam o almoço, se levantam e vão embora. E o diálogo? E o toque de amizade nas mãos um do outro? O olho no olho, coisa tão boa para externar nossos sentimentos?

Se vamos almoçar na casa de amigos onde não temos grande

aproximação, a situação se repete. Homens conversam e bebem. As mulheres juntas na cozinha, às crianças em frente à Televisão ou nos benditos celulares! E as brincadeiras, será que ainda existem? E as visitas? Quase não se comunicam. Aí vi que a salvação é mesmo esse bendito zapp. Cada um com o seu, escrevendo para pessoas que não veem nem escutam.

Por isso, eu que sou falante terminei muda e com as mãos agarradas ao aparelho e bendizendo a Deus por tê-lo, esperando voltar o mais rápido para casa. Foi embora o tempo em que almoçar juntos era uma festa de confraternização e amor! Claro que existem as exceções, principalmente na minha casa e de alguns amigos. Ainda bem! 2016

Obs: Imagem enviada pela autora.